Setembro teve taxa de ocupação «mais baixa de sempre»

AHETA já reconheceu que este foi o «pior ano turístico de sempre», devido à pandemia da Covid-19

A taxa de ocupação global média/quarto foi de 49,6% em Setembro, no Algarve, o que faz com que seja a «mais baixa de sempre», segundo dados revelados pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Este valor representa uma descida de 43% face ao registado em Setembro de 2019. Desde Janeiro, a taxa de ocupação «encontra-se 55,0% abaixo (-37,1 pontos percentuais) do verificado no período homólogo anterior. A taxa de ocupação global média/cama foi de 42,8%, 30 pontos percentuais abaixo da verificada em Setembro de 2019 (-41,2%).

Estes números são justificadas pela «pandemia, cujo impacto na hotelaria se começou a sentir no início do mês de Março», diz a AHETA.

Todas as zonas geográficas sofreram forte quebras, que oscilaram entre os -19,9pp (-22,4%) em Faro/Olhão e os -52,6pp (-60,3%) em Tavira.

A zona de Tavira foi mesmo a que registou a taxa de ocupação mais baixa, 34,6%, enquanto a mais alta ocorreu na zona de Faro/Olhão, com 69,0%.

Por categorias, as descidas variaram entre os -28,6pp (-34,4%) nos aldeamentos e apartamentos de 3 estrelas e os menos 52,4pp (-58,9%) nos hotéis e aparthotéis de 3 e 2 estrelas. Os hotéis e aparthotéis de 3 e 2 estrelas foram os que registaram a taxa de ocupação mais baixa com 36,6%, sendo que a mais alta ocorreu nos aldeamentos e apartamentos de 3 estrelas, com 54,6%.

As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-16,1pp, -67,8%), da Irlanda (-4,4pp, -90,8%) e da Alemanha (-3,5pp, – 46,8%).

Como seria de esperar, a única subida foi a dos turistas nacionais: +5,6pp (+36,7%).

Desde o início do ano, o Reino Unido é o mercado com a maior descida acumulada (-13,7pp, – 77,6%) seguido da Alemanha (-3,5pp, -62,3%) e Irlanda (-3,2pp, -88,4%).

Em Setembro, a maior fatia das dormidas coube aos turistas portugueses com 48,8%, seguidos pelos britânicos (17,9%), alemães (9,2%) e holandeses (6,4%). Relativamente ao número de hóspedes os portugueses lideraram com 52,1%, seguidos pelos britânicos (12,8%), espanhóis (8,1%) e alemães (7,2%).

Durante o mês, a estadia média por pessoa situou-se nas 4,7 noites, semelhante ao verificado em 2019. Os turistas britânicos (6,6 noites) registaram as estadias mais prolongadas, seguidos dos irlandeses (6,3), alemães (6,1) e holandeses (5,5).

A estadia média dos portugueses situou-se nas 4,4 noites, 0,3 acima do verificado no ano anterior.

Ainda em Setembro, o peso das reservas feitas através de operadores turísticos online e através dos sites das unidades foi maior que o verificado nos últimos doze meses, havendo um menor peso das reservas através dos operadores turísticos tradicionais.

Durante o mês de Março, os portugueses representaram o maior número de hóspedes e de dormidas em quase todas as zonas, com exceção de Vilamoura, Quarteira e Quinta do Lago, onde o maior número de dormidas coube aos britânicos.

Os portugueses representaram o maior número de hóspedes e de dormidas em quase todas as categorias, com exceção dos aldeamentos e apartamentos de 5 e 4 estrelas, onde o maior número de dormidas coube aos britânicos.

O volume de vendas total, em termos nominais, diminuiu 47,4% relativamente a Setembro de 2019. Por zonas, as maiores descidas verificaram-se em Tavira (-56,0%), Lagos / Sagres (-47,3%), Portimão / Praia da Rocha (-45,0%) e Albufeira (-44,4%).

Por categorias, as maiores descidas ocorreram nos hotéis e aparthotéis de 3 e 2 estrelas (-61,9%) nos de 5 estrelas (-49,3%) e nos 4 estrelas (-41,5%).

Num balanço feito há duas semanas, a AHETA reconheceu que este foi o «pior ano turístico de sempre», devido à pandemia da Covid-19.

 



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