Nova rede algarvia quer ajudar a melhorar qualidade de vida dos mais velhos

O objetivo último é que os resultados desta rede «sejam relevantes para todos os atores»

Contribuir para desenvolver políticas públicas e práticas profissionais que promovam a qualidade de vida, em particular das pessoas mais velhas. Este é o grande objetivo da Rede Algarvia de Investigação Colaborativa sobre o Envelhecimento (RAICE), formalizada esta quarta-feira, 28 de Outubro, Dia Mundial da Terceira Idade. 

As entidades fundadoras desta rede são a Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UAlg), o Município de Faro, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, a Universidade do Algarve para a Terceira Idade e a Sociedade Recreativa Bordeirense.

Todas se juntaram, esta quarta-feira de manhã, dia 28, para, na sala de atos da Faculdade de Economia, assinarem um memorando de entendimento para a criação desta rede.

José de São José, professor de Sociologia na UAlg, é o grande mentor desta iniciativa que, explicou, «quer ter um carácter colaborativo».

 

 

«O que temos previsto, no âmbito da rede, são iniciativas de investigação científica e tecnológica. A rede já tem mesmo um projeto em avaliação na Fundação para Ciência e Tecnologia, sobre a qualidade de vida das pessoas mais velhas. Também prevemos a organização de eventos científicos e a transferência do conhecimento para a sociedade», disse.

É que, confessou, «o objetivo último é que os resultados depois sejam relevantes para todos os atores».

«A investigação científica tende a ser feita só pelos académicos e isso acaba, por vezes, por ser pouco relevante. Em todo o processo investigativo – desde a conceção até à validação dos resultados – nós pretendemos que estas entidades e até outras participem. Isso torna a investigação mais relevante porque vai beber de todos os contributos dos representantes que estão no terreno e têm muito a dizer. A nós, os académicos, às vezes, escapa-nos a realidade concreta», acrescentou.

E como é que surgiu a ideia de criar esta rede? O professor José de São José já tem trabalho feito na área do envelhecimento, mas sentiu «a dificuldade na ligação da academia com a sociedade».

«Foi desse diagnóstico que surgiu a ideia de envolver as entidades da sociedade civil que têm ligação com a questão do envelhecimento e trazê-las para esta rede para que tenha mais impacto na qualidade de vida e bem estar das pessoas mais velhas», disse ainda.

 

 

Entidades como a Câmara de Faro, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, a Universidade do Algarve para a Terceira Idade e a Sociedade Recreativa Bordeirense vão, «por exemplo, dar-nos acesso ao terreno, aos dados, além de colaborarem nos projetos, acompanhá-los e validarem os resultados finais».

Da parte dos parceiros desta rede, a disponibilidade é, de resto, total. Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, realçou a «atualidade» do tema da qualidade de vida no envelhecimento, bem como a necessidade de «o saber saltar os muros da universidade».

O autarca também expressou o seu desejo em que seja criada, a nível nacional, uma entidade «parecida às Comissões de Proteção das Crianças e Jovens», mas dedicada aos idosos.

Por sua vez, Ana Castro, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), vincou o «orgulho» de o CHUA poder integrar esta rede, cuja criação «faz todo o sentido».

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

 

Ajude-nos a fazer o Sul Informação!
Contribua com o seu donativo, para que possamos continuar a fazer o seu jornal!

Clique aqui para apoiar-nos (Paypal)
Ou use o nosso IBAN PT50 0018 0003 38929600020 44

 

 



Comentários

pub