Fórmula 1: Hoje mudei de estratégia

O nosso leitor que é fanático por desportos motorizados continua a descrever as suas aventuras na Fórmula 1

Ontem fui de camioneta. Hoje mudei de estratégia, ou seja, fui de boleia com uns familiares que vieram das ilhas para ver a F1. De mota é que nunca irei: tenho medo e um amigo meu fez isso ontem e deu-se mal – ainda estava parado quando a mota lhe caiu em cima. Isto do Outono não faz cair só as folhas das árvores, acho eu.

Voltando ao que interessa. Como fui (outra vez) cedinho não precisei de formar na grelha para a entrada. Foi direto e assim consegui assistir aos treinos de mudança de rodas ou, como estava no programa, 08h20-09h00: Treino de “pit stops”.

Mais uma vez fiquei maravilhado! Se as oficinas trabalhassem assim… mas se calhar não era boa ideia. É um facto que levam três/quatro segundos a mudar as quatro rodas – mas são três mecânicos para cada roda, mais uma série deles lá à volta, num total de quase vinte pessoas. Com tanta gente, numa oficina normal, não sei qual seria a conta.

Mas há uma coisa para a qual as oficinas deviam olhar (e acho que já vão olhando): aquilo até brilha de limpo e arrumado! Como diria a minha avó, o chão quase que se podia lamber.

Mas realmente aqueles carros são muito mimados. Os mecânicos levam-nos ao colo e tratam-nos com tanto cuidado que acho que, no fundo, chamam aos carros os seus meninos.

Devo dizer que a F1 tem um vocabulário muito próprio. Todas aquelas pessoas, que se vê que sabem muito bem o que estão a fazer, têm um colete com as suas atribuições: são os “Grid Marshall”, os “Starter”, os “Scrutinater F1 Tyre”, os “Pit Lane Marshall” e os mais corriqueiros “Security”, “Fireman” e “Medical Team”. Nem vou falar das placas de “Drive Throuth” e correlativos, mas parece que as corridas foram inventadas pelos ingleses. Se calhar, até foram, e assim todos se entendem.

A sessão de treinos livres da manhã foi encurtada porque um Ferrari passou por cima de uma grelha para a chuva e o material não aguentou. Partiu-se, o que não dignifica a malta da construção civil, e o incidente atrasou o início das qualificações.

Nas qualificações, tudo normal. Na última volta, o Bottas tinha o melhor tempo, mas o Hamilton vinha logo atrás, voando baixinho e fez melhor: 1m16.652s.

Uma nota final: Não quero ser queixinhas, mas houve um senhor que dormiu durante os treinos, com os F1 a roncar (nunca uma palavra me pareceu tão apropriada).

 

Autor: José Victorino é um fã de Fórmula 1

 

 

 

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