Documentos históricos de Olhão mostram-se na Avenida da República

Alvará régio que oficializou a Feira de São Miguel como Feira Franca e o testamento de João da Rosa estão entre os documentos expostos

Sabia que a tradicional Feira de São Miguel, de Olhão, já se realiza, pelo menos, desde 1753? E quanto ao testamento de João da Rosa, faz ideia do que determinou? Documentos históricos com esta e muito mais informação podem ser vistas no passeio central da Avenida da República , em Olhão, numa mostra que vem complementar a exposição de comemoração dos 325 anos da criação da paróquia e da freguesia de Olhão, patente no Museu Municipal.

A mostra dá a conhecer um conjunto de oito documentos pertencentes ao Arquivo Municipal, Arquivo Nacional da Torre do Tombo e Arquivo da Paróquia de Olhão, cujas datas se situam entre 1695 e 1983.

Estes últimos, os pertencentes à paróquia, chegam a esta mostra na sequência de um trabalho de recolha e inventariação do espólio documental desta entidade.

«O Arquivo Municipal foi chamado a participar, numa primeira fase, com o objetivo de inventariar e tratar o arquivo da paróquia, que estava num estado de conservação muito satisfatório, mas guardado e sem se saber o que lá existia. Desta forma, nós, os técnicos do arquivo, procedemos ao tratamento e à digitalização do fundo documental da paróquia. Oportunamente será divulgado e sairá uma publicação, um inventário, para dar a conhecer aos investigadores», explicou ao Sul Informação Helena Vinagre, a responsável pelo arquivo da Câmara de Olhão.

Segundo a Câmara de Olhão, durante cerca de um ano, quem passar na Avenida da República, no topo da qual se situa a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, encontrará, «por exemplo, o alvará régio de elevação da Feira de Olhão a feira franca, datado de 1753, que vem revelar e confirmar a legítima antiguidade e importância da Feira de Olhão que, curiosamente, desde essa data se realiza nos dias 28, 29 e 30 de Setembro, um pedido do povo olhanense que foi concedido pelo Rei».

«Destaca-se, igualmente, o decreto de passagem da jurisdição eclesiástica da Ilha da Culatra para a Paróquia de Olhão, datado de 1983, ou o Testamento de João da Rosa (1816), antigo escrivão do Compromisso Marítimo e autor do testemunho da revolta contra os franceses, ocorrida a 16 de Junho de 1808», acrescentou a autarquia olhanense.

 

Fotos: Câmara de Olhão

 

 

 



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