Costa elogia decisão do Parlamento sobre máscaras na rua e admite mais medidas

«Não podemos excluir a necessidade de adotar qualquer tipo de medida», reconheceu o primeiro-ministro

O primeiro-ministro elogiou hoje a «decisão difícil» do Parlamento de impor o uso de máscara na rua e avisou que não pode excluir medidas mais drásticas como o recolher obrigatório, caso a situação de pandemia se agrave no país.

«Não podemos excluir a necessidade de adotar qualquer tipo de medida. Devemos ir adotando as medidas na medida do estritamente necessário», afirmou António Costa, à margem de uma conferência da revista Visão sobre sustentabilidade e ambiente, na Estufa Fria, em Lisboa.

Dado que, afirmou, o combate à pandemia será «uma longa maratona» de muitos meses, «é preciso gerir o esforço», pelo que há que «ir distribuindo e guardando as medidas para as utilizar nos momentos em que forem estritamente necessárias para evitar o excesso de cansaço».

António Costa foi questionado sobre a avaliação que faz da experiência quanto ao recolher obrigatório decretado em vários países europeus.

Dois dos maiores problemas que Portugal enfrenta nesta segunda vaga da pandemia, acrescentou, é a fadiga com as medidas por parte da população e a alteração na faixa etária, mais baixa, com «casos de menor gravidade» e que tem «diminuído a perceção do risco».

Um dia depois da decisão da Assembleia da República, que aprovou uma lei a tornar obrigatório o uso de máscara na rua, Costa elogiou a «difícil decisão» dos deputados.

«É, obviamente, um incómodo, mas que adotamos para reforçar a consciência de que depende hoje essencial de nós controlar esta pandemia, se não quisermos ter medidas de encerramento mais globais», justificou

O chefe do Governo recusou ainda a ideia de que a proibição de circulação entre concelhos, no próximo fim de semana, que coincide com o Dia de Finados, em que milhares de pessoas se deslocam tradicionalmente pelo país, como «um teste» para o Natal, em Dezembro.

Esta medida, disse, justifica-se porque «há um risco acrescido» com a prevista deslocação, dentro do país, apesar dos apelos da Igreja para as pessoas espaçarem as suas deslocações ao longo do mês ou ainda com restrições no acesso aos cemitérios.

Comentários

pub