Aviso: Sou fã da F1, mas não percebo grande coisa de carros

A experiência de um leitor do Sul Informação, que também é fanático pela Fórmula 1

Para entrar no “circo” da Fórmula 1 (F1 para os amigos), são necessárias muitas qualidades e passar muitas provas. E não estou só a falar dos pilotos, falo também de pessoas “normais” como eu.

Assim que soube que íamos ter cá as corridas, comecei a treinar, assistindo ao documentário “F1: A Emoção de um Grande Prémio” na Netflix. São duas temporadas, com vários episódios sobre os bastidores e o espetáculo. Devorei aquilo e acho que deve ser obrigatório para qualquer viciado que se preze.

A segunda parte do treino foi ganhar a corrida ao bilhete. A ansiedade de o conseguir. O pânico quando reduziram a lotação devido ao bicho. A euforia quando o retângulo mágico chegou! Este stress foi (quase) tão intenso como o que os pilotos sofrem antes da partida.

Hoje, sexta-feira, dia de treinos livres. Acordar cedo, ir apanhar a camioneta (perdão, o shuttle) para o Autódromo. Fui de Mercedes. Éramos três, driver incluída (sim era uma senhora e muito competente), num autocarro com capacidade para umas 50 pessoas. O distanciamento social foi notável, e também tivemos que usar o gel para as mãos e máscara. Viagem sem incidentes, trânsito fluido (é o que dá acordar cedinho), polícia a controlar rotundas e acessos.

Chegado ao Autódromo, formámos para a grelha de entrada para aceder às bancadas. As portas demoraram um pouco a abrir, mas pareceu uma eternidade porque já se ouvia carros a roncar (eram os GT) e a ansiedade, a adrenalina e a impaciência aumentavam.

Revistado, mochila verificada, vamos embora lá entrar. Chego à porta certa, entro na bancada. Uau! Foi um deslumbramento ver o resultado de uma logística que deve ter sido brutal. Desde as TVs até ao equipamento de cada equipa, era um mundo. Só visto.

A partir daqui não há palavras, só instantâneos. Lembro-me de ver os mecânicos da BWT a fazer uma aula de pilates nas boxes, as espetaculares motorhomes, as equipas a treinarem a troca de pneus (em três, quatro segundos), a mudança de peças, etc, etc.

Sobre os carros, não vale a pena falar, porque os fãs sabem tudo. Posso acrescentar que terminaram na primeira sessão de treinos a rodar a cerca de 1m20s por volta, na segunda começaram aos 1.24 e terminaram com o Valtteri Botas (Mercedes) a fazer o melhor tempo, com 1.17.940. Pelo meio, o Alpha Tauri do Pierre Gasly ardeu e o Max Verstappen enrolou-se com o Lance Strolla no fim da reta da meta.

Uma nota final: Organização e cumprimento das normas da DGS, impecáveis.

 

Autor: José Victorino é um fã de Fórmula 1

 

 

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