Três golfistas portugueses apuram-se para voltas finais do Portugal Masters

Algarvios Ricardo Santos e Ricardo Melo Gouveia e Tomás Bessa vão representar Portugal na etapa final do torneio

Tomás Bessa – Foto: Andrew Redington/Getty Images

As duas últimas voltas do Portugal Masters, que se está a disputar no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, vão contar, pela segunda vez consecutiva, com três golfistas portugueses: os algarvios Ricardo Santos e Ricardo Melo Gouveia e Tomás Bessa, de Paredes, mas que vive no Algarve.

Os três atletas passaram esta sexta-feira o cut no Portugal Masters, o que significa que o recorde nacional de mais golfistas portugueses nas duas últimas voltas no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, voltou a ser igualado, depois das épocas de 2012 e 2019.

Ontem, o Portugal Masters foi marcado por dois hole-in-one. Ainda asssim, em termos genéricos, os resultados não foram tão bons como na véspera, «sendo um bom exemplo disso o novo líder, o francês Julien Guérrier, que está bem na frente com 128 pancadas, 14 abaixo do Par, após voltas de 62 e 66», segundo os organizadores da prova.

Guérrier, de 35 anos, vencedor de dois títulos do Challenge Tour em 2017, sofreu ontem os seus dois primeiros bogeys na prova. Ainda assim, comanda com uma boa vantagem de 5 pancadas sobre o norte-americano Sihwan Kim (67+66), que esta sexta-feira conseguiu um eagle [duas tacadas abaixo do par] no buraco 17.

«Estou a sentir-me em grande. Parece fácil, mas não é, voltar ao campo depois de ter feito 9 abaixo do Par na véspera. Estou mesmo contente de ter jogado bem hoje», declarou o francês, que esteve algum tempo lesionado e só regressou à competição há um ano, em Setembro de 2019, tendo estado parado os primeiros oito meses da época passada.

 

Julien Guerrier – Foto: Andrew Redington/Getty Images

 

Quanto aos primeiros hole-in-one desta 14ª edição do Portugal Masters foram conseguidos por Mathieu Fenasse e Jonathan Caldwell.

Até agora, nas anteriores 13 edições do Portugal Masters, só por seis vezes a bola tinha entrado no buraco com apenas uma tacada e nunca tinham acontecido dois hole-in-one no mesmo ano.

Desta feita, foram dois e logo no mesmo dia.

Ainda assim, e apesar da tacada certeira no buraco oito, conseguido com um ferro-8 a 138 metros, o francês Mathieu Fenasse acabou eliminado da prova, com 148 (+6), no grupo dos no grupo dos 113º classificados, em que se incluíram Pedro Figueiredo e Tomás Santos Silva.

Já o norte-irlandês Jonathan Caldwell, fez o seu hole-in-one no buraco 6, com um ferro-4, a 192 metros, e continua em prova, no grupo dos 19º classificados, com 137 (-5). Caldwell jogou na mesma formação do inglês Jordan Matthew e do português Tomás Bessa, que assinaram um eagle no buraco 11 e no buraco 17, respetivamente.

«Esta formação hoje estava on fire. Nunca tinha visto um hole-in-one, muito menos a jogar um torneio do European Tour, foi qualquer coisa de extraordinário. Celebrámos… como devemos celebrar (com distância física), é uma sensação tão boa de ver a bola a entrar. Depois foi estranho, ele fez parecer o buraco fácil e eu a seguir falhei o green e acabei por fazer um bogey. Confesso que foi um bocadinho difícil concentrar-me no meu shot depois de ter visto um hole-in-one. Preferia ter jogado primeiro e que ele fizesse o hole-in-one a seguir», reconheceu Tomás Bessa, de 24 anos.
A pancada perdida no buraco seis e o outro bogey [uma tacada acima do par] de Tomás Bessa não impediram o campeão nacional de passar o cut.

«Estou muito feliz por ir jogar os dois últimos dias deste torneio, é a primeira vez no Portugal Masters e é a terceira vez que jogo este torneio. Estou muito feliz porque tenho oportunidade de subir na classificação», disse o profissional da Ping, que ocupa o 26º lugar (empatado), com 138 pancadas, 4 abaixo do Par, após voltas de 68 e 70.

O jogador de Paredes, mas residente no Algarve, foi não só o melhor português pelo segundo dia seguido, mas também o único português a ter jogado os dois dias abaixo do par.

 

Ricardo Santos- Foto: Andrew Redington/Getty Images

 

No caso de Ricardo Santos, esta será a quarta vez que o atleta algarvio disputará os últimos dias do Portugal Masters, depois de 2010, 2012 e 2018.

O golfista português melhor classificado no ranking mundial «precisou de 3 birdies [uma tacada abaixo do par] nos últimos três buracos, com putts de, sensivelmente, 6 metros (buraco 16), 4 metros (17) e 6 metros (18), para evitar a eliminação iminente depois dos bogeys sofridos nos buracos 4, 7 e 12».

«Foi seguramente um dos momentos de maior satisfação da época, por ter terminado desta forma no dia de hoje e no Portugal Masters. É um momento especial, conseguir dar a volta e tendo em conta que não tenho muito boa memória dos dois últimos buracos… mas hoje consegui superar isso e estou bastante satisfeito», disse Ricardo Santos, que integra o grupo dos 40º classificados, com 140 pancadas, 2 abaixo do Par, e rondas de 69 e 71.

Entre os portugueses, o campeão dos cuts passados no Portugal Masters é Ricardo Melo Gouveia, que se qualificou para as duas últimas voltas em Vilamoura pela oitava vez, a sétima consecutiva, apesar de ter, apenas, 29 anos.

«Ricardo Melo Gouveia surge no grupo dos 56.º classificados, os últimos a passarem o cut, fixado em 141 pancadas, 1 abaixo do Par. O profissional da Quinta do Lago somou voltas de 69 e 72. Apesar de bogeys nos buracos 4, 7 e 9, e de birdies no 2 e no 5, carimbou depois 1 birdie que o sossegou, com um agregado de 2 abaixo do Par», segundo a organização do torneio.

«O meu jogo está bastante sólido, os shots de ferros, as madeiras, só o drive ainda não está a cem por cento. (…) Apesar de não ter estado tão bem do tee, tive muitas oportunidades para birdie e se tivesse metido mais um ou dois putts a história teria sido outra. Estou com confiança de que neste fim de semana posso fazer duas grandes voltas e vamos a isso», declarou o atleta olímpico português que, em 2017, estabeleceu (juntamente com Filipe Lima) o recorde nacional no Portugal Masters, ao terminar no 5º lugar.

 

Ricardo Gouveia – Foto: Andrew Redington/Getty Images

 

Filipe Lima, desta feita, «falhou o cut por 1 única pancada, por ter metido a bola na água no buraco 18, custando-lhe um duplo-bogey».

Hoje, sábado, está a ser disputada a penúltima volta do Portugal Masters, «só com saídas do buraco 1 e, agora, com grupos de dois jogadores em vez de três».

 

Classificação dos jogadores portugueses após a segunda volta:

26.º (empatado) Tomás Bessa, 138 (68+70), -4
40.º (empatado) Ricardo Santos, 140 (69+71), -2
56.º (empatado) Ricardo Melo Gouveia, 141 (69+72), -1

Cut falhado
71.º (empatado) Filipe Lima, 142 (69+73), Par
81.º (empatado) Vítor Londot Lopes, 143 (71+72), +1
113.º (empatado) Pedro Figueiredo, 148 (72+76), +6
121.º (empatado) Pedro Lencart (amador), 149 (72+77), +7
131.º Miguel Gaspar, 156 (82+74), +14

 

 




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