Vita Nativa já começou a criar “Alojamento Local para Aves” no Algarve

Projeto foi um dos vencedores do Orçamento Participativo Nacional de 2018.

Créditos: Associação Vita Nativa

A Vita Nativa já começou a criar oferta de “Alojamento Local para Aves”, no âmbito de um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo Nacional de 2018.

A associação algarvia de Conservação do Ambiente deu recentemente o pontapé de saída a este «projeto ambiental inovador», que visa «não só ajudar as populações de aves desta região, mas também demonstrar e incutir nos cidadãos e nos diferentes agentes que gerem o território algarvio os benefícios que as espécies-alvo do projecto poderão aportar à sociedade e ao seu bem-estar».

O projeto, que resulta de uma colaboração entre a Vita Nativa, sediada em Olhão, e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas», começou «a ganhar asas» no final do mês de Julho e irá decorrer nos próximos dois anos.

No âmbito do “Alojamento Local para Aves”, a Vita Nativa «vai instalar e monitorizar, de forma gratuitas, cerca de 2000 caixas-ninho para pequenas espécies de aves insectívoras, como os chapins e as poupas, e para espécies de rapina de pequena e média dimensão, como o mocho-galego, a coruja-das-torres e o peneireiro-vulgar».

«Estas são espécies que dependem, na sua maioria, de cavidades para construir os seus ninhos, sejam elas naturais ou de origem humana. Infelizmente, a disponibilidade de cavidades no Algarve tem diminuído, motivada tanto pela forte pressão urbanística, como pela alteração do uso dos solos e incêndios, que originam uma mudança drástica dos habitats», enquadra a Vita Nativa.

O objetivo da instalação destas caixas-ninho é «fomentar o interesse e proporcionar um contacto mais direto da sociedade em relação às aves».

«A par disto, ao disponibilizarmos locais de reprodução extra, estaremos também a promover a fixação de um maior número e diversidade de aves em contexto urbano e periurbano», acrescentou a associação.

Estas aves «desempenham um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas, já que se sabe que as espécies-alvo deste projeto são excelentes amigas no controlo de pragas biológicas, como é o exemplo da lagarta-do-pinheiro e das espécies de roedores».

«Com este projecto queremos alcançar o máximo de cidadãos possível, e para isso, iremos envolver os diversos agentes algarvios, sejam eles públicos ou privados. Para já, contactámos todas as 16 autarquias algarvias, e iremos ainda avançar com contactos a escolas, centros de ciência viva, e a empresas ligadas ao setor da agricultura, da silvicultura e da hotelaria», concluiu a Vita Nativa.

 



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