Só este ano, já foram apreendidas 17 toneladas de haxixe no Algarve

Apreensão em Quarteira resultou «de um trabalho conjunto exemplar entre a Polícia Marítima e a Polícia Judiciária»

António Madureira – Foto: Flávio Costa | Sul Informação

«À volta de 17 toneladas de haxixe» já foram apreendidas, este ano, no Algarve, revelou esta quinta-feira, 17 de Setembro, António Madureira, diretor da PJ de Faro, após mais uma apreensão, desta vez em Quarteira. 

Aos jornalistas, o responsável máximo da Polícia Judiciária no Algarve disse que, além das apreensões, foram detidas «26 pessoas».

«A maior parte delas ficou em prisão preventiva e isto é um esforço que estamos a fazer no âmbito no combate ao tráfico de droga, principalmente por via marítima, que é algo que nos tem vindo a preocupar», acrescentou.

Só desde o início desta semana, já foram aprendidos 2511 quilos de haxixe, a uma rede de tráfico de droga que atuava em vários concelhos, 2,5 toneladas no Rio Guadiana, atiradas por um barco, e estes 4500 quilos, em Quarteira.

 

 

As declarações de António Madureira foram feitas numa conferência de imprensa em Faro relativa à apreensão dessa droga, no Porto de Pesca de Quarteira, ocorrida na passada terça-feira, dia 15 de Setembro.

A ação resultou «de um trabalho conjunto exemplar entre a Polícia Marítima e a Polícia Judiciária», tendo o alerta sido dado «por pessoas que estavam no porto de pesca».

Na altura, além da apreensão da droga e do barco, foram detidos dois homens espanhóis, mas a investigação da PJ já permitiu recolher «indícios probatórios que nos levaram a mais um indivíduo, detido ainda na terça-feira».

Questionado pelos jornalistas sobre se esta terceira pessoa está ligada à Polícia Marítima, António Madureira apenas disse que a PJ «nunca identifica as pessoas que detém e que suspeitamos que cometeram crimes». «Nós investigamos factos e tentamos perseguir e apanhar quem os cometeu, seja quem for», reiterou.

 

Rocha Pacheco

 

Certo é que o barco, com o carregamento de 4,5 toneladas de haxixe, foi apreendido num porto de pesca, local que é vigiado. E já há ideia de como foi conseguido o acesso? António Madureira foi lacónico: «a investigação prossegue, não podemos adiantar muitos pormenores em relação a isso».

Rocha Pacheco, comandante da Zona Marítima do Sul, também disse não poder «afirmar factualmente que haja um elemento da Polícia Marítima detido, decorrente desta operação».

«Não posso afirmar porque não tenho conhecimento formal de que haja um elemento da Policia Marítima detido na sequência desta ação. Esta operação foi bem sucedida, é o que posso dizer», vincou Rocha Pacheco.

E caso se confirme, que consequências haverá? «Isso será um processo que terá de ser avaliado e seguirá o seu curso», respondeu.

Quanto à investigação da Polícia Judiciária, «prosseguirá», não se excluindo que «haja nova detenções, novas ligações a outros casos e que não venhamos a ter desenvolvimentos», concluiu António Madureira.

 

Fotos: Flávio Costa | Sul Informação

 

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