Os três deputados algarvios eleitos pelo PSD consideram que existe uma «rede de tráfico de migrantes no Algarve», que «tem contado com a cumplicidade silenciosa do Governo».
Os parlamentares denunciam «a gritante omissão do Estado, que tem permitido que os migrantes ilegais se coloquem em fuga depois de ficarem sob custódia do Estado, é um convite para que estas operações se repitam e traduzem uma falência do Estado de Direito».
Acrescentam que «devem ser revistos os procedimentos para que não seja possível que depois de serem intercetados, permaneçam tempo infindável sob a custódia do Estado, fujam ou sejam libertados, pois isso é interpretado como um êxito para essas redes de tráfico que exploram o desespero dessas pessoas e constituem uma grave ameaça à nossa região e ao país».
Em nota enviada às redações, os parlamentares social-democratas recordam que «a costa algarvia registou mais um desembarque de migrantes ilegais na região, desta feita 28 cidadãos marroquinos. É o sétimo desembarque conhecido, não sendo possível apurar os que não foram detetados».
«Em tempo útil, aquando dos primeiros desembarques, os deputados do PSD Algarve, Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, questionaram presencialmente o ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, a propósito do sucedido, o qual desvalorizou o assunto, retorquindo que a ideia de que estávamos perante uma rede de tráfico ilegal era ridícula, mesmo quando os desembarques se intensificavam e os detalhes dos mesmos relatavam uma crescente sofisticação dos meios ao dispor».
Os deputados informam que vão questionar o ministro da Administração Interna para «exigir que organize uma rápida resposta do ponto de vista operacional, de vigilância e judicial, de modo a, enquanto é tempo, não permitir que esta rota se venha a consolidar».
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