José Apolinário é o eleito do PS para a CCDR do Algarve. No Alentejo, não há consenso

Eleição, no Algarve, deverá ser apenas pró-forma, já que a larga maioria dos autarcas que compõem o colégio eleitoral são do PS

José Apolinário e António Ceia da Silva são os candidatos escolhidos pelo PS à presidência das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e do Alentejo, respetivamente. E se, na região algarvia, não se adivinham entraves à eleição do atual secretário de Estado das Pescas, no Alentejo o nome do presidente em exercício da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo é contestado, até dentro do PS.

Segundo avança hoje o jornal Público, José Apolinário será o candidato socialista nas primeiras eleições indiretas para a presidência da CCDR algarvia, que terão lugar em Outubro. Tendo em conta que o colégio eleitoral é composto por autarcas da região, na sua larga maioria do PS, a eleição deverá ser apenas pró-forma.

José Apolinário, que já foi deputado e presidente da Câmara de Faro, é desde 8 de Abril, coordenador regional do combate à Covid-19 no Algarve, primeiro no estado de Emergência, depois no de Calamidade e agora no Alerta. Uma função que, a juntar à sua experiência anterior e à atual, como secretário de Estado das Pescas, lhe tem dado um conhecimento aprofundado da situação algarvia.

O mesmo jornal diz que, ao que tudo indica, haverá um acordo entre os dois maiores partidos, o PS e o PSD, que determina que as CCDR do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo ficarão na mão dos socialistas e as do Centro e Norte cairão para o PSD.

Afinal, são estes dois partidos que têm o maior número de eleitos, a nível nacional, no poder local.

No entanto, a nível regional, as escolhas não são todas consensuais. É o caso do Alentejo, onde o nome de António Ceia da Silva, atual presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, que terá sido o indicado por António Costa, não merece consenso entre PS e PSD, segundo revelava no sábado o jornal Expresso.

Nesta região, também há que contar com a ainda forte presença de autarcas da CDU, que, escrevia o Expresso, poderá estar disposta a juntar-se a autarcas do PSD e a alguns eleitos do PS para apoiar uma candidatura independente de Roberto Grilo, atual presidente da CCDR do Alentejo.

Este apoio de membros do colégio eleitoral é obrigatório, para que possa haver uma candidatura independente à presidência da CCDR.

As regras que foram definidas para estas eleições indiretas determinam que os candidatos à presidência e à vice-presidência (o outro vice-presidente é escolhido pelo Governo, para garantir a paridade) têm de ser indicados por um partido com representação na região ou, no caso dos independentes, apresentar um processo de candidatura subscrito por 15% do colégio eleitoral composto por autarcas eleitos.

A portaria que enquadra estas eleições, que acontecem pela primeira vez na história – antes, era o Governo que escolhia o presidente das CCDR, entidade que representa o Estado Central e que é responsável pela gestão dos Fundos da União Europeia nas diferentes regiões – determina que o colégio eleitoral é composto pelos presidentes das Câmaras, das Assembleias Municipais e das Juntas de Freguesia.

No Algarve, dos 16 municípios, dez têm presidentes da Câmara socialistas e são ainda mais os presidentes de Assembleias Municipais do PS (13). Ao nível das juntas, o Partido Socialista conta com quase dois terços dos eleitos, 45 em 67.

 

 

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