Festa da Espiga não venceu, mas ganhou com o concurso das 7 Maravilhas da Cultura Popular

Final realizou-se este sábado em Bragança

A Festa da Espiga de Salir, que era uma das 14 finalistas, não foi eleita como uma das “7 Maravilhas da Cultura Popular® 2020” mas, ainda assim, o sentimento dos promotores da candidatura é de que esta tradição saiu a ganhar do concurso.

Reinaldo Teixeira, empresário natural de Salir e padrinho desta candidatura, considera que «não vencemos, mas ganhámos! Ganhámos porque conseguimos mostrar a Festa da Espiga, Salir e o interior algarvio, a milhares de pessoas que não conheciam esta manifestação tradicional do interior do Algarve e que constitui um cartaz turístico da região».

Por seu lado, Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, destaca «a união de todo o concelho de Loulé com vista à promoção e ao desenvolvimento do interior, assim como à sustentabilidade e à coesão de todo o território concelhio», reforçando que «a preservação e a divulgação da cultura e das manifestações tradicionais do nosso povo do interior são essenciais e passam pela patrimonialização de iniciativas como a Festa da Espiga».

Para além da candidatura da Festa da Espiga, Salir recebeu a primeira semifinal do concurso que foi transmitida em direto na RTP1. Segundo Deodato João, presidente da Junta de Freguesia de Salir, entidade que organiza o evento deste 1968, «nunca antes se tinham vivido dias assim na Vila. Pessoas de todo o mundo viram as maravilhas do nosso interior e tenho a certeza que nos virão visitar em breve, contribuindo para a dinamização da nossa economia».

Por fim, Francisco André, presidente da Comissão Organizadora da Festa da Espiga, sublinha que «foi conseguido um dos objetivos desta festa, o de perpetuar no tempo tradições, costumes, cultura e história das gentes do campo». Este responsável adianta ainda que «Salir tem agora a responsabilidade de superar todas as expetativas, estando já preparadas novidades para as próximas edições».

A final das 7 Maravilhas realizou-se este sábado, em Bragança. O Bailinho da Madeira, o Colete Encarnado, de Vila Franca de Xira, o Criptojudaísmo de Belmonte, as Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios, de Lamego, os Santeiros de São Mamede do Coronado, da Trofa, a Romaria de São Bartolomeu, de Ponte da Barca e a Romaria de São João D’Arga, de Caminha, foram os vencedores.

O concurso começou com mais de 500 candidaturas vindas de todo o país, recorde aqui quais foram os candidatos algarvios.

 



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