Covid-19: Números do Algarve «não têm comparação» com os de Lisboa e Norte

«Todos sabemos que estamos a viver uma pandemia que está longe do fim», disse o Chefe de Estado

Os números da «Área Metropolitana de Lisboa e de algumas áreas da região Norte», onde se situam os principais focos de contágio de Covid-19, «não têm comparação» com a situação no Algarve, defendeu, esta sexta-feira, 18 de Setembro, o Presidente da República. 

Marcelo Rebelo de Sousa, que inaugurou as obras de remodelação de uma escola em Olhão e voltou a jantar com autarcas, considerou que os números da pandemia «mostram que há uma maioria esmagadora de casos que vem da Área Metropolitana de Lisboa e de algumas áreas da região Norte. Não tem comparação com o Algarve».

Em declarações aos jornalistas, o Presidente da República fez questão de realçar, ainda assim, a necessidade de todos adotarmos medidas de contenção.

«Todos sabemos que estamos a viver uma pandemia que está longe do fim. Nenhum de nós sabe se estamos a metade, se já passámos a metade, mas temos muitos meses pela frente e já tivemos muitos meses atrás de nós», disse.

«É uma altura difícil, num ano difícil. Por isso foi posto de pé um regime de situação de contingência para todo o território de Portugal e a sua aplicação depende de todos nós», vincou.

O Chefe de Estado também se referiu às próximas semanas como «difíceis» e «com mais casos».

«Esta é uma fase, por toda a parte, muito difícil, com mais números que vão subindo. Estão agora nos 700, podem estar nas semanas seguintes em 1000 ou mais, sabendo nós que a grande maioria é constituída por gente nova e sabendo que o SNS não mostra stress, neste tempo, em termos de internamentos e cuidados intensivos e que o número de mortos é relativamente baixo», explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

Mas e se tudo piorar?

«Temos agora aqui uma grande experiência em que todos os portugueses podem ajudar. Temos duas coisas das quais não podemos escapar, que é a atividade económica que não pode parar, quem trabalha tem de continuar a trabalhar, e temos outra realidade a que não queremos escapar que é o ensino presencial. Vamos fazer um esforço para não juntar a isso aquilo que podemos não juntar», considerou.

É que, referiu, a «própria atividade económica, por si mesma, provoca convivialidade».

«Temos de fazer um esforço para na escola, fora da escola, nos locais de trabalho, às vezes até nas reuniões familiares e encontros de amigos, proceder a uma certa contenção. Não juntando mais fatores àqueles que já são os fatores da vida social», concluiu.

 

 

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