Algarve foi injustiçado «duas vezes» ao ficar fora do corredor aéreo para o Reino Unido

Marcelo Rebelo de Sousa visitou hoje o concelho de Alcoutim

O Algarve ficar fora da lista de destinos seguros para viajar «é uma injustiça duas vezes», considerou hoje o Presidente da República, numa visita que fez ao concelho de Alcoutim.

Marcelo Rebelo de Sousa falou com os jornalistas à margem da visita ao Lar de Idosos de Balurcos, uma das três instituições de apoio à terceira idade alcoutenejas que o Chefe de Estado visitou hoje, afirmando que a região algarvia já tinha sido injustiçada «uma vez», quando foi tomada a decisão original, há cerca de dois meses, e «volta a ser agora».

«Isto porque, no momento em que se reconhece, e bem, que pode haver uma divisão no território nacional – eu fico feliz pelo tratamento dado às regiões autónomas dos Açores e da Madeira -, para sermos justos, não é comparável a situação do Algarve com a das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto», afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

«A justiça mandaria que se dissesse: atenção, não vamos tratar o Algarve da mesma maneira», defendeu.

Esta discriminação positiva, baseada no número de casos existentes na região algarvia, bem abaixo dos que se verificam nos grandes centros urbanos, seria ainda mais importante «sabendo a ligação que há entre a Inglaterra e o Algarve, em termos de turismo e, até, de pessoas residentes».

«É injusto! Quando há o cuidado de distinguir umas regiões de outras, o Algarve é penalizado injustamente», reforçou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que o tema do corredor aéreo para o Reino Unido seria discutido, «ao jantar, com os presidentes de Câmara do Algarve», encontro que decorre neste momento.

Até porque a retirada de Portugal Continental da lista de destinos seguros «obriga, obviamente, a voltar à conversa que tivemos há dois meses».

«Há dois meses a conversa foi mais ou menos esta: está fechado, como se fará para abrir?», contou.

No entanto, «na altura era mais fácil, porque havia o turismo interno, os portugueses iam para férias. Agora, já poucos irão».

«Assim, como é que se compensa [a ausência dos ingleses] em Setembro, Outubro e Novembro? Que outros mercados é possível captar? Qual a consequência em relação aos bilhetes da Fórmula 1 já vendidos?», questionou.

Ainda assim, o Presidente da República fez votos para que, em Outubro, «já esteja ultrapassada», algo que, avisou, depende muito do comportamento «de cada um dos portugueses».

 

 

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