Ocupação em Julho foi a «mais baixa de sempre», mas também há boas notícias

Em Junho deste ano, a taxa de ocupação tinha sido de 11,3%, valor que subiu, em Julho, para os 32,6%

A taxa de ocupação global média/quarto foi de 32,6% em Julho, no Algarve, o «valor mais baixo de sempre» neste mês, segundo dados acabados de revelar pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). Ainda assim, os números cresceram em relação a Junho, muito devido ao mercado nacional. 

A AHETA revela que, em Julho, a taxa de ocupação foi, então, de 32,6%, 50,9 pontos percentuais (pp) abaixo da verificada em Julho de 2019 (-61,0%).

Desde Janeiro, este indicador encontra-se 63,2% abaixo (-38,5pp) do verificado no período homólogo anterior, devido «à pandemia provocada pela Covid-19», explica a AHETA.

Apesar disto, também há um bom sinal: a taxa de ocupação, em Junho deste ano, tinha sido de 11,3%, valor que subiu, em Julho, para os 32,6%.

Este crescimento deve-se em muito ao mercado nacional. Em Julho, segundo a AHETA, «os portugueses representaram, de longe, o maior número de dormidas e de hóspedes em todas as zonas».

Em Julho, de acordo com os dados desta associação hoteleira, «a maior fatia das dormidas coube aos turistas nacionais com 60,9%, seguidos pelos espanhóis (6,8%), alemães (5,8%) e holandeses (5,4%)».

As zonas de Faro e Olhão foram as que registaram a taxa de ocupação mais alta, 39,3%, enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Albufeira, com 27,3% (devido à queda do mercado britânico).

Ainda assim, não dá para escapar aos números de crise: todas as zonas geográficas sofreram forte quebras, que oscilaram entre os -38,5pp (-53,0%) em Monte Gordo / VRSA e os -59,6pp (-68,6%) em Albufeira.

Por categorias, as descidas variaram entre os -39,3pp (-51,8%) nos hotéis e aparthotéis de 3 e 2 estrelas e os -57,3pp (-66,2%) nos hotéis e aparthotéis de 4 estrelas.

 

 

Os hotéis e aparthotéis de 5 estrelas foram os que registaram a taxa de ocupação mais baixa, com 27,2%, sendo que a mais alta ocorreu nos aldeamentos e apartamentos de 3 estrelas, com 42,9%

«As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-20,5pp, -93,2%), da Irlanda (-5,6pp, -90,8%) e Alemanha (-4,3pp, -69,9%)», diz a AHETA.

«As fortes descidas» verificadas este mês afetaram fortemente as ocupações verificadas desde o início do ano, sendo o Reino Unido o mercado com a maior descida acumulada (-12,7pp, – 79,3%) seguido pelo mercado nacional (-3,9pp, -38,8%) e pela Alemanha (-3,6pp, -66,1%)

Durante o mês de Julho, a estadia média por pessoa situou-se nas 4,5 noites, 0,5 abaixo do verificado em 2019. Os turistas irlandeses (7,8 noites) registaram as estadias mais prolongadas, seguidos dos belgas (6,9), alemães (6,7) e holandeses (6,1).

A estadia média dos portugueses situou-se nas 4,4 noites, o mesmo valor que o verificado no ano anterior.

O volume de vendas total, em termos nominais, diminuiu 66,9% relativamente a Julho de 2019. Por zonas, as maiores descidas verificaram-se em Carvoeiro / Armação de Pêra (-71,4%), Portimão / Praia da Rocha (-69,8%), Albufeira (-69,7%) e Vilamoura / Quarteira / Quinta do Lago (-69,5%).

Por categorias, as maiores descidas ocorreram nos hotéis e aparthotéis de 5 estrelas (-72,6%) nos de 4 estrelas (-67,4%) e nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas (-60,0%).

De resto, durante o mês de Julho, cerca de 80% da oferta de empreendimentos turísticos estava disponível (75% no início de Julho e 88% no início de Agosto).

 



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