Bilhetes para o Mundial de MotoGP no Autódromo do Algarve postos à venda hoje

Para a Fórmula 1 já foram vendidos 28 mil dos 30 mil bilhetes previstos

«Vamos iniciar hoje a venda do primeiro pacote de 5000 bilhetes» para a corrida final do Mundial de MotoGP, que se irá disputar no Autódromo Internacional do Algarve, em 22 de Novembro. O anúncio foi feito esta tarde, em plena reta da meta, por Paulo Pinheiro, CEO da Parkalgar, diretor do circuito e o pai da pista algarvia.

Mas o anúncio oficial foi feito, de viva voz, pelo presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), o algarvio Jorge Viegas, que esteve no Autódromo para a conferência de imprensa que confirmou o que já se sabia: que Miguel Oliveira, Valentino Rossi, Marc Marquéz ou Fabio Quartaro são apenas alguns dos nomes da prova rainha do motociclismo mundial que, no fim de semana de 22 de Novembro, rumam ao Algarve para a derradeira prova do Campeonato.

Jorge Viegas lembrou que «há muito tempo que andamos a namorar, a FIM, a DORNA [empresa organizadora da prova] e o Autódromo do Algarve». «Já tínhamos estado quase a entrar, quando houve um problema com Silverstone», no ano passado, mas agora a pandemia trocou as voltas aos organizadores e desta vez será mesmo Portimão a receber a prova.

Em relação à Fórmula 1, que foi anunciada há quinze dias também para o circuito algarvio, o presidente da FIM puxou a brasa à sua sardinha: é que em MotoGP «temos um piloto português a lutar pelos lugares cimeiros, o que não acontece com a Fórmula 1».

Também João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e Desporto, destacou que «temos um piloto no MotoGP e não é um piloto que anda mais ou menos». É que, sublinhou o governante, neste fim de semana, Miguel Oliveira «fez um excelente lugar, terminou em 6º, andou ali a bater-se com o Valentino Rossi, que foi 5º e é uma lenda do motociclismo».

Já o antigo piloto Miguel Praia, que foi o mestre de cerimónias na conferência de imprensa, tinha sublinhado que «Miguel Oliveira tem certamente o sonho de vencer a corrida em casa».

 

 

Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, adiantou que o Estado, através do Turismo de Portugal, investirá 450 mil euros para trazer para o país mais esta prova de grande relevo mundial, que será vista por «430 milhões de pessoas» e transmitida para perto de 200 países. Mas o retorno do investimento, garantiu, será muito maior. «O impacto esperado a curto prazo é muito positivo», sobretudo porque a corrida terá lugar em Novembro, época baixa do turismo algarvio…este ano, devido à pandemia, talvez ainda mais baixa.

E será que os Mundiais de MotoGP e de Fórmula 1 regressam ao Autódromo do Algarve no próximo ano? Jorge Viegas, presidente da FIM, não deu garantias, dizendo mesmo que «no próximo ano, em princípio, [o Mundial de MotoGP] não será aqui». No entanto, admitiu, «não sabemos como será a pandemia no próximo ano» e se se abrirão ou não novas oportunidades para a pista algarvia.

Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, depois de citar o poema Pedra Filosofal de António Gedeão  [Eles não sabem, nem sonham,/que o sonho comanda a vida./ Que sempre que um homem sonha/ o mundo pula e avança/ como bola colorida/ entre as mãos de uma criança], e de dizer que se sentia como «uma bola colorida», desafiou: «no próximo ano, não teremos cá o MotoGP? A ver vamos!».

Ainda mais afirmativo foi Paulo Pinheiro: «o objetivo da nossa equipa, que já está a trabalhar para isso, é, para o ano, termos cá de novo a Fórmula1 e o MotoGP».

O diretor do Autódromo garantiu que, nas duas provas previstas para este ano, tudo será feito para que seja impossível aos pilotos e organizadores «dizerem não» a Portimão em 2021.

Isilda Gomes, felicitando Paulo Pinheiro por ter conseguido «a dobradinha», incitou-o a continuar a sonhar, «porque, cada vez que sonhas, sai uma coisa boa».

Também a secretária de Estado Rita Marques destacou o lado sonhador, mas também concretizador, do pai do Autódromo: «o Turismo estará sempre ao lado de pessoas que, além de serem visionárias, têm uma capacidade de execução extraordinária».

E é por causa dessas pessoas que a 25 de Outubro a Fórmula 1 regressa a Portugal e se estreia no Autódromo Internacional do Algarve, e a 22 de Outubro o MotoGP regressa a Portugal e se estreia no Autódromo Internacional do Algarve. Dois regressos, duas estreias, que resultam de «doze anos de muito trabalho», como recordou Paulo Pinheiro.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

 

 

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