Decisão de deixar Portugal fora da lista do Reino Unido é «particularmente injusta para o Algarve»

João Fernandes: «obviamente que esta decisão vai ter impactos na procura turística dos britânicos»

A decisão de deixar Portugal fora da lista de destinos seguros para viajar, anunciada há pouco pelo Governo do Reino Unido, é «particularmente injusta para o Algarve», disse João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve.

Em declarações ao Sul Informação, o responsável máximo pelo Turismo  algarvio anunciou que «lamentamos e não compreendemos alguns dos factos desta decisão, que é particularmente injusta para o Algarve, que é o destino preferencial dos turistas britânicos» em Portugal.

«Fomos claramente penalizados, enquanto país, por falarmos verdade», acrescentou João Fernandes. «Pergunto se será mais seguro viajar para países que testam um quarto ou metade daquilo que Portugal testa».

O presidente da RTA admitiu que «obviamente esta decisão vai ter impactos na procura turística dos britânicos. Esperamos que, no dia 30 de Julho, quando esta medida for revista, a decisão seja tomada com uma mais ampla informação», embora todos os argumentos já tenham sido «apresentados pelo Governo português, até agora e com muita frequência, nas negociações que decorreram com o Governo britânico».

«Estranha-se esta decisão, muito penalizadora para uma região que tem 18 mil residentes britânicos, que podem perfeitamente atestar a segurança que presenciam todos os dias».

Por outro lado, disse João Fernandes, o Algarve retomou em meados de Junho as ligações aéreas com o Reino Unido e «tem tido uma procura muito grande de britânicos, que obviamente se sentem seguros».

Aquele responsável disse estranhar a decisão também pelo facto de o Algarve, «de acordo com a Comissão Europeia, através da European Best Destinations, ter sido eleito uma das 20 regiões mais seguras para férias nos próximos meses».

«Estranha decisão sobre um país que, ainda em Maio passado, era aclamado pelo Reino Unido pela sua resposta à pandemia, que, de lá para cá, melhorou índices como os de internamento (menos 50%), os índices de óbitos (com 70% de redução) e de casos ativos (menos 45%), e portanto não faz sentido em Maio sermos um milagre e agora, no início de Junho, tendo melhorado estes indicadores, essa realidade não ser tida em conta», realçou.

«Também não faz sentido que um país que, para além do combate à pandemia, foi pioneiro na implementação de processos de certificação para protocolos sanitários ao nível da oferta turística, não tenha, aqui, nenhuma apreciação consequente com essa proatividade e com essa realidade em que fomos pioneiros», lamentou o presidente da Região de Turismo do Algarve.

A concluir, João Fernandes garantiu: «obviamente que continuaremos de braços abertos para receber turistas britânicos, que continuarão a utilizar as ligações que já hoje, a partir do Aeroporto de Faro, são operadas por cinco companhias aéreas para 20 aeroportos no Reino Unido nas diferentes regiões».

Esses turistas, defendeu, «poderão atestar in loco a segurança que propiciamos a todos».

 

Conheça a opinião de João Soares, delegado no Algarve da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP)

Conheça a opinião de Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA)

 

 

 

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