PCP diz que turismo no Algarve precisa de «medidas urgentes»

Impactos da pandemia «estão a provocar um rápido agravamento da situação económica e social

O PCP diz que o turismo no Algarve precisa de «medidas urgentes» de apoio que «garantam a sustentabilidade e o futuro da região». 

Em nota de imprensa, os comunistas dizem que os impactos da pandemia «estão a provocar um rápido agravamento da situação económica e social que, passado o Verão, deixará marcas muito profundas no plano do desemprego e dos direitos dos trabalhadores».

Neste sentido, a recente decisão do Reino Unido de não incluir Portugal na lista de países seguros para viajar é «particularmente injusta», mas o PCP diz que «é apenas parte de um problema mais vasto que decorre quer da opção pela monoatividade do turismo, quer da dependência desse setor de um número restrito de mercados».

Para os comunistas, é necessário diversificar a «atividade económica», mas também os «mercados internacionais de turismo, reduzindo a atual dependência».

Para o PCP, esta opção não pode estar desligada do papel fundamental «que a TAP pode e deve ter nesta diversificação».

«Não são as companhias aéreas privadas ou de outras bandeiras que se vão preocupar com uma política de diversificação que defenda a economia da região. O papel que têm assumido nos últimos anos coloca-as, na esmagadora maioria das suas operações, num mero papel de assimiladoras de mercados já existentes», consideram.

Ao mesmo tempo, o PCP defende uma aposta «no mercado interno, no turismo nacional, opção essa que é também inseparável de uma política que valorize os salários e as reformas, que aumente o poder de compra do povo português».

Além dos «milhares de trabalhadores que estão em layoff, no desemprego, com cortes nos seus salários e outros rendimentos», há a «situação com que estão confrontadas milhares de micro, pequenas e médias empresas no Algarve, muitas em risco de encerrar portas no final do Verão».

Por isso, o PCP apresenta «medidas urgentes» para responder aos impactos da pandemia, como a proibição dos despedimentos e o pagamento dos salários a 100%, o reforço dos serviços de saúde, a abolição das portagens na Via do Infante, a construção do Hospital Central e a «concretização da regionalização em vez da farsa da eleição das CCDR ou da dita descentralização de competências para as autarquias».

«O Algarve não precisa de mais anúncios de planos e medidas (e foram muitos ao longo dos anos) para que, no essencial, fique tudo na mesma. Os trabalhadores e populações do Algarve precisam sim de uma mudança profunda nas opções que lhe têm sido impostas», concluem os comunistas.

 

 



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