Luís Graça (PS) não quer 300 milhões adicionais para o Algarve gastos «onde sempre foram»

Luís Graça considerou programa «específico e adicional» de 300 milhões de euros para o Algarve como sendo de «uma relevância extraordinária» para a região

Os 300 milhões de euros do programa «específico e adicional» que o primeiro-ministro anunciou para o Algarve não podem «ser colocados onde sempre foram nestes anos de Fundos Europeus», defendeu hoje o deputado socialista Luís Graça, eleito pelo círculo de Faro, durante o debate do Estado da Nação, que está a decorrer na Assembleia da República.

O parlamentar do PS salientou a importância desta medida, que na prática, significa «a duplicação dos apoios comunitários disponíveis para o Algarve», mas avisou que esta verba extra terá de ser «bem utilizada».

«Temos que ter uma estratégia regional, que passa por convergir o Governo, os municípios, a Academia e as empresas, para que estes 300 milhões de euros sejam efetivamente utilizados na diversificação da base económica da região, em infraestruturas e equipamentos produtivos e no reforço da qualidade da prestação de cuidados de saúde no Algarve», defendeu Luís Graça.

O deputado algarvio considerou de «uma relevância extraordinária» a decisão do Governo «de atribuir ao Algarve um programa adicional e especifico de 300 milhões de euros, face aquilo que será a dotação do próximo quadro financeiro plurianual  do Algarve».

Isto porque a região algarvia é uma das que mais está a sofrer com a Covid-19, tendo em conta que é «unânime a opinião de todas as instituições financeiras internacionais, que a fileira económica do turismo e as regiões que dela dependem, sofrem uma abrupta, violenta e inesperada quebra da sua atividade económica».

«No Algarve, onde o turismo não é apenas um setor económico, mas, infelizmente, direi eu, toda a economia, os efeitos da pandemia já se fazem sentir, e muito, na evolução do desemprego», ilustrou.

Luís Graça recordou, ainda, que «nos últimos três anos, Portugal cresceu sempre acima da média europeia» e que, no mesmo período, «o Algarve cresceu sempre acima da média do país».

«Por isso, é de todo o interesse nacional que o Algarve recupere rapidamente, para que Portugal volte a convergir com a Europa», concluiu.

De caminho, o também presidente do PS/Algarve fez questão de  saudar o Governo pelo «seu empenho vitorioso na obtenção de um acordo histórico para a Europa, para Portugal e, se me permitem o excesso regionalista, para o Algarve».

 



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