Portugal soube, esta quarta-feira, 22 de Julho, que não está na “lista verde” de países, elaborada pela Irlanda, e quem visitar o nosso país terá de cumprir quarentena no regresso. No entanto, João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, acredita que os irlandeses «vão continuar» a procurar o Algarve, porque «a decisão não traz alterações à possibilidade de viajar».
De acordo com João Fernandes, «as regras que já estão agora em vigor mantêm-se» e o Aeroporto de Faro «mantém seis rotas, com duas companhias aéreas, para cinco cidades» irlandesas.
O responsável considera que a ocupação dos voos «tem estado bastante bem, dadas as circunstâncias. Sabemos que tanto estes voos, como os voos do Reino Unido, têm taxas de ocupação menos conseguidas do que outros mercados, mas estamos a falar de taxas que estão a viabilizar as operações».
Por isso, João Fernandes acredita que os irlandeses «vão continuar a viajar» para o Algarve, ainda que tenham de ficar sujeitos a quarentena no regresso ao seu país.
«A ligação dos irlandeses ao Algarve é muito grande. É um dos nossos cinco principais mercados. Há muita gente com investimentos na região e que passa grande parte do ano aqui. Acho que, devido a esta decisão [do governo irlandês], não vai haver alterações na procura que existe atualmente», desde que foram retomados os voos.
O presidente do Turismo do Algarve realça ainda que «a lista da Irlanda é bastante mais restritiva do que as que foram elaboradas por outros países» e que «o Governo, apesar de ter aprovado esta lista, continua a aconselhar evitar viagens não essenciais».
Além disso, as indicações «dizem, de forma genérica, que as pessoas que regressam ao país, de países de fora dessa lista, devem restringir os seus movimentos. Não é uma indicação muito clara sobre as obrigações», conclui João Fernandes.
A “lista verde” da Irlanda é composta por 13 países europeus e dois territórios (Gibraltar e Gronelândia), que possuem um número de casos de coronavírus por 100 mil habitantes igual ou menor do que a Irlanda: Malta, Finlândia, Noruega, Itália, Hungria, Estónia, Letónia, Lituânia, Chipre, Eslováquia, Grécia, Mónaco e São Marino.
Espanha, França ou o Reino Unido, tal como Portugal, ficaram de foram da lista.
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