Covid-19: Decisão britânica baseia-se em critérios «científicos e técnicos»

Garantia foi dada pela embaixada do Reino Unido

A embaixada do Reino Unido admitiu hoje como «dececionante para Portugal» a decisão de Londres de manter as restrições às viagens, mas assegurou que ela se baseia «exclusivamente em considerações de saúde pública» e «pareceres científicos e técnicos».

«Sabemos que este é um resultado dececionante para Portugal», afirma a embaixada dirigida por Chris Sainty num comunicado divulgado após o anúncio da decisão do Governo britânico de manter Portugal fora dos corredores de viagens que isentam os passageiros de quarentena na chegada ao Reino Unido.

O comunicado frisa que «o primeiro dever de qualquer governo é proteger sua população» e que «estas decisões são baseadas exclusivamente em considerações de saúde pública com o objetivo de minimizar o risco para os viajantes britânicos e o risco de importar novos casos de covid-19 para o Reino Unido».

E aponta que «as decisões do governo britânico são baseadas nos pareceres científicos e técnicos elaborados pela autoridade de saúde de Inglaterra (Public Health England -PHE) e pelo do Centro Conjunto de Bio-segurança (Jont Biosecurity Center – JBC)».

«As autoridades de saúde tomam em consideração uma série de fatores que afetam as viagens ao estrangeiro, tais como as taxas semanais de incidência ajustadas à população, a taxa de mortalidade, o nível de testes no país (taxa, capacidade, taxa de positividade), os dados reportados pelos países da OMS, e a evidência epidemiológica», explica-se no texto.

A embaixada afirma que os cientistas que aconselham o governo britânico «tiveram acesso a todos os dados relevantes de fontes públicas» e «ao extenso leque de informações e evidência disponibilizadas pelas autoridades portuguesas» e tiveram em consideração não apenas o número de casos mais recentes como «dados regionais, dados sobre testes, estratégia de testagem e a natureza dos recentes surtos» em Portugal.

A embaixada assegura reconhecer «os esforços abrangentes por parte do governo português e das autoridades de saúde», mas considera que «devido aos surtos nas últimas semanas, a prevalência do vírus em Portugal continental durante o período recente permaneceu persistentemente alta».

«Embora os indicadores estejam a melhorar em Portugal, não estão ainda a um nível que permita ao governo britânico aliviar estas restrições», afirma.

 



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