Os 21 migrantes que desembarcaram na terça-feira à tarde na Ilha do Farol, em Faro, vão ficar no Estabelecimento Prisional do Linhó, em Sintra, a aguardar o desenrolar do processo de afastamento que lhes vier a ser instaurado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Os homens, oriundos do Norte de África, foram hoje presentes ao Tribunal Judicial de Faro, por entrada e permanência irregular em território nacional, e viram o juiz determinar que fossem conduzidos à prisão do Linhó «perante o esgotamento da capacidade de instalação dos centros de instalação temporária do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)», anunciou esta força policial.
O grupo estava à guarda da GNR e do SEF desde terça-feira e têm pernoitado nas instalações da Zona de Apoio à População (ZAP), em Olhão, «tendo-lhes sido garantidas todas as necessidades básicas». Foram ainda realizados os testes à Covid-19, «todos com resultado negativo».
Segundo o SEF, estão a ser desenvolvidos, desde então, «os procedimentos necessários para apurar as suas identidades, uma vez que chegaram indocumentados».
Este foi o quinto desembarque de migrantes oriundos do Norte de África, alegadamente de Marrocos, que foi intercetado pelas autoridades nos últimos meses.
Antes do desembarque de terça-feira, a 15 de Junho, um grupo de 22 homens, que afirmaram ser de nacionalidade marroquina, desembarcou na praia de Vale de Lobo. Dias antes, a 6 de Junho, outro barco com 6 migrantes, que também alegaram ser marroquinos, tinha sido intercetado já dentro da Ria Formosa.
A 29 de Janeiro, o mesmo tinha acontecido, com uma embarcação com 11 migrantes, vindos de El Jadida, cidade costeira marroquina, que foram apanhados frente à barra da Armona.
O primeiro grupo de migrantes marroquinos tinha chegado ao Algarve no dia 11 de Dezembro, quando 8 jovens que também diziam vir de El Jadida (a antiga Mazagão portuguesa) desembarcaram na praia de Monte Gordo, onde foram intercetados pelas autoridades.
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