Universidade do Algarve «admite possibilidade» de aumentar vagas do Mestrado em Medicina

Governo diz que Portugal precisa de mais médicos

A Universidade do Algarve «admite a possibilidade» de aumentar as vagas no Mestrado Integrado em Medicina (MIM), apesar de o despacho orientador que foi publicado, no dia 15 de Junho, em Diário da República, que prevê um aumento mínimo de 15% nas vagas em Medicina, não abranger o curso da academia algarvia, uma vez que para este há um concurso especial.

Paulo Águas, reitor da Universidade do Algarve, em declarações ao Sul Informação, reforçou que, para já, isso não passa de uma possibilidade e que o diploma orientador do Governo não se aplica no caso do MIM.

«A publicação do edital para recrutamento foi feita em Dezembro e ainda está a decorrer o processo de seleção dos candidatos. Não estamos aqui a falar de um curso de licenciatura, com concurso nacional, para alunos do 12º ano. Estamos a falar de um mestrado, com um processo de seleção diferente, que recruta licenciados».

Nesse edital de recrutamento, o número de vagas previsto é de 48, «um valor igual ao dos anos anteriores», enquadrou.

Apesar disso, caso exista essa intenção, o número de vagas do MIM pode ser aumentado já para o próximo ano letivo, de acordo com Isabel Palmeirim, diretora do Mestrado Integrado em Medicina.

«Existiria essa possibilidade, o oposto é que não poderia acontecer. O que aconteceria é que a “linha de corte” baixaria», disse ao Sul Informação.

O desejo de aumentar o número de médicos formados pelo Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve já foi expresso em mais do que uma ocasião por Manuel Heitor, ministro da Ciência e do Ensino Superior.

«Já anunciou essa intenção e ficou muito bem impressionado com o trabalho que tem sido desenvolvido pelo Mestrado Integrado em Medicina», lembrou Isabel Palmeirim.

O governante, na passada quarta-feira, voltou a mencionar a Universidade do Algarve, em declarações à Antena 1, em resposta à contestação do Conselho de Escolas Médicas ao aumento do número de vagas do concurso nacional para Medicina.

Manuel Heitor, que considera que Portugal precisa de mais médicos, realçou que «há áreas que podem ser muito reforçadas, como as Ciências Biomédicas, no Algarve».

No entanto, em relação ao número de vagas para os cursos de Licenciatura, abrangidos pelo concurso nacional, onde se incluem Enfermagem ou Ciências Biomédicas, não há ainda qualquer decisão tomada, segundo Paulo Águas.

«Está em curso esse processo, juntamente com as unidades orgânicas. A Reitoria já solicitou as propostas do número de vagas de cada uma das unidades e vamos ter uma reunião a 30 de Junho. Vamos analisar a nossa oferta formativa e vamos ver como vamos “montar o puzzle”», concluiu o reitor.

 

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