Cristovão Norte acusa Governo de «laxismo» em relação a desembarque de migrantes

Numa audição ao ministro da Administração Interna, na Assembleia da República

Imagem de Arquivo

O deputado do PSD Cristóvão Norte acusou o Governo de «laxismo»  ao lidar com os recentes desembarques de migrantes no Algarve e exigiu que sejam «tomadas medidas para impedir o nascimento de uma nova rota de migrantes ilegais, porta de entrada em Portugal e na Europa», na sequência de novo desembarque de migrantes vindos do Norte de África, na segunda-feira.

Numa audição ao ministro da Administração Interna, na Assembleia da República, o parlamentar eleito pelo Algarve defendeu que «o laxismo do Estado é um convite a rotas de tráfico de migrantes ilegais, já que muitos dos imigrantes ilegais que estão sob custódia do SEF estão em paradeiro incerto, em fuga, não podendo ser deportados. Esta é uma agressão ao Estado de Direito».

É que, recordou Cristóvão Norte, dos oito migrantes que desembarcaram em Monte Gordo em Dezembro de 2019, «sete viram os seus pedidos de proteção internacional recusados e cinco deles estão em paradeiro desconhecido, ou seja, o SEF não sabe onde é que eles estão».

«Do segundo desembarque, em Janeiro, onze cidadãos marroquinos, oito estão em parte incerta, o SEF nem os conseguiu ouvir. A nossa omissão está a patrocinar o crescimento destas rotas», acrescentou.

O deputado do PSD considera que «a circunstância de não sermos capazes de localizar e resolver a questão é o pior sinal que se pode dar a estas rotas, que vão crescer, porque o que estamos a garantir é que elas são bem sucedidas».

Tendo em conta os quatro desembarques que se registaram nos últimos meses, todos de migrantes oriundos de Marrocos, e de outros não terão «sido detetados», Cristóvão Norte exortou o Governo «a agir, quer do ponto de vista da grave incapacidade do SEF, quer através de coordenação de medidas entre as autoridades envolvidas- SEF, GNR e Polícia Marítima- de modo a reforçar as condições de patrulhamento e de atenuar os riscos que se avolumam sobre o Algarve e o país».

 



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