Covid-19: Kits do ABC voltam a ser utilizados depois de parecer favorável do Infarmed

O processo de uma eventual venda dos kits ainda «está em cima da mesa» e é liderado pelo ABC

Os kits de teste à Covid-19, produzidos pelo Algarve Biomedical Center (ABC) em conjunto com outras três entidades, já estão a ser utilizados novamente, depois de um parecer favorável dado pelo Infarmed. 

A distribuição destes kits, que foram usados para testes nas creches e lares do Algarve e Alentejo, bem como noutros pontos do país, tinha sido suspensa no passado dia 23 de Maio, pela Autoridade Nacional do Medicamento.

O Infarmed fez, na altura, um «pedido de mais elementos», o que levou à suspensão da distribuição dos kits.

O ABC respondeu e a o veredito chegou na passada sexta-feira, 5 de Junho. Ao Sul Informação, Nuno Marques, presidente do Algarve Biomedical Center, explicou que o parecer dado pelo Infarmed foi «favorável».

Estes kits são produzidos pelo Algarve Biomedical Centre, em parceria com o Instituto Superior Técnico e as empresas Logoplaste e Hidrofer.

O ABC, em específico, produz «o meio líquido de transporte, seguindo a receita do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)», enquanto, por exemplo, a Hidrofer é a responsável pelas zaragatoas. O Instituto Superior Técnico faz a esterilização.

Segundo Nuno Marques, o Infarmed «avaliou as nossas respostas e determinou que era seguro usar os nossos kits, podendo voltar a ser disponibilizados. No fundo, foi uma confirmação daquilo já tínhamos dito previamente», acrescentou.

Assim, desde sexta-feira, que os kits voltaram a ser usados e distribuídos. Apesar da resposta positiva, o Infarmed levantou algumas questões relacionadas, por exemplo, com a necessidade de se fazerem mais ensaios de esterilidade, quer nas zaragatoas, quer no meio líquido de transporte.

Para Nuno Marques, estas são «questões técnicas» que são «necessárias aferir ao longo do tempo devido à comercialização».

«São processos normais nestas questões, mas este parecer tem a validade de seis meses», explicou.

De resto, a comercialização tem aqui um papel importante em toda esta história. Foi devido a essa possibilidade que este pedido de elementos foi feito pelo Infarmed, de acordo com o que Nuno Marques explicou ao nosso jornal.

O processo de uma eventual venda dos kits «está em cima da mesa» e é liderado pelo ABC.

«Ainda não temos qualquer previsão de quando poderá começar a comercialização, mas vamos continuar as interações entre nós e o Infarmed», concluiu Nuno Marques.

 

 

 

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