Aposta em energias limpas faz com que a Águas do Algarve esteja «cada vez mais “verde”»

Empresa tem vindo a apostar forte na mobilidade energética e nas energias renováveis

A Águas do Algarve está «cada vez mais “verde”», graças às medidas que têm sido levadas a cabo no âmbito do Plano de Eficiência e de Produção de Energia (PEPE), e tem «vindo a destacar-se tanto na mobilidade elétrica como na produção de energia renovável», com o objetivo de atingir a neutralidade energética, segundo a empresa.

O PEPE, explicou a Águas do Algarve, «agrega um largo conjunto de medidas de eficiência energética e de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis com o objetivo de reduzir os consumos, aumentar a produção própria e melhorar as condições de aquisição de energia elétrica».

Na área da mobilidade, a empresa adquiriu 14 viaturas ligeiras de passageiros e 2 viaturas ligeiras de mercadorias, todas elas elétricas, que percorreram, entre si, cerca de 310 mil quilómetros, em 2019.

«A utilização das viaturas elétricas implicou um consumo de energia elétrica de 40.196 kWh, o que correspondem à emissão de 19 toneladas de CO2 para a atmosfera. A substituição das viaturas convencionais por elétricas permitiu evitar uma emissão de 49 toneladas de CO2 para a atmosfera», assegurou a empresa responsável pelo sistema multimunicipal do Algarve de abastecimento de água e saneamento básico.

Outra área em que a Águas do Algarve está a apostar é a da produção de energia a partir de fontes renováveis.

Até final deste ano, está prevista «a instalação de mais 13 centrais fotovoltaicas, com uma potência instalada unitária superior a 100 kW, o que permitirá produzir perto de 4,4 GWh/ano, a acrescentar aos 2GWh que atualmente a empresa já produz nas 60 centrais fotovoltaicas existentes na empresa».

«Como complemento, continuam em estudo mais duas grandes centrais fotovoltaicas (perto dos 500 kW de potência unitária a instalar em duas grandes instalações de consumo intensivo energético que entraram em serviço ainda no decorrer de 2018)», ilustrou a empresa.

Entretanto, foi concluída a ampliação da central fotovoltaica da ETA de Alcantarilha «com mais 186 kW de potência instalada, e foi iniciada a construção de mais uma ampliação desta central em 45 kW aproveitando o espaço disponível na cobertura de um novo edifício em construção na sequência da introdução de mais um órgão de tratamento na ETA de Alcantarilha».

Também entrou em serviço mais uma noval central fotovoltaica na ETAR de Faro Olhão com 50 kW para produzir em regime de auto consumo.

«Após a concretização destes projetos, ainda em estudo, a empresa produzirá perto de 8GWh por ano, o que representará uma autonomia energética perto dos 10% dos consumos totais de energia elétrica da empresa e uma poupança de recursos financeiros da ordem dos 800.000€/ano, assim com evitar a emissão anual de 3760 toneladas de CO2 para a atmosfera», resumiu a Águas do Algarve.

Por outro lado, está a ser implementado um plano de redução de consumo de energia reativa, «que implicará a intervenção em 48 instalações que atualmente representam um custo anual em energia reativa da ordem dos 47 mil euros. O investimento previsto ascende ao valor de 115 mil euros, o que permitirá recuperar o investimento em cerca de 2 anos e meio».

Ainda no âmbito do PPEC (Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de energia elétrica), «foi aprovada e candidatada a implementação de nove medidas de eficiência energética. Destas medidas, pode-se destacar a substituição integral de toda a iluminação artificial por uma iluminação baseada na tecnologia LED».

No longo prazo, a empresa algarvia «tem como objetivo, até 2030, tornar-se o primeiro operador regional do setor da água energeticamente neutro, reforçando a sua eficiência energética, produzindo energia elétrica a partir de fontes renováveis, resultando na eliminação 38 mil toneladas de emissões de CO2».

Isto será possível «através da instalação de centrais de produção de energia hidroelétrica nas suas condutas de água, eólica e fotovoltaica, retirando ainda partido do armazenamento nos reservatórios de água existentes, assim como no contínuo aumento da eficiência energética ao nível dos processos e das infraestruturas das suas próprias instalações».

 



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