Os testes serológicos feitos por entidades como hospitais, instituições académicas, autarquias ou clubes de futebol, serão “tidos em conta” para “uma avaliação da imunização da população” portuguesa face à Covid-19, disse hoje o secretário de Estado da Saúde.
“Temos o nosso projeto piloto que abrange cerca de 2.000 pessoas, um estudo coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, mas obviamente que todos os restantes estudos e testes em diferentes segmentos serão importantes para uma avaliação da imunização da população no futuro”, disse António Lacerda Sales durante a conferência de imprensa diária sobre a pandemia Covid-19 em Portugal.
Lacerda Sales frisou que as iniciativas levadas a cabo por várias instituições serão “muito importantes” para “efeitos de acompanhamento epidemiológico” e, ainda que sem precisar em que moldes e como, disse que estes testes serão alvo de atenção a nível central. “Serão com certeza tidos em conta para uma avaliação da imunização da população”, referiu.
A Universidade do Porto começou hoje a fazer testes serológicos aos funcionários docentes e não docentes com o objetivo de “caracterizar” a resposta imunológica da comunidade académica à Covid-19.
O Laboratório de Patologia Clínica da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda também anunciou que está a fazer testes serológicos desde 7 de Maio, enquanto o Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte está a fazer testes serológicos desde Abril.
Em 19 Abril, o consórcio Serology4Covid, que agrega cinco institutos de investigação, lançou um projeto para implementar um ensaio serológico de deteção de anticorpos para a Covid-19 na população portuguesa.
Somam-se iniciativas da Fundação Champalimaud que realizou testes serológicos em dois centros hospitalares e do Instituto Gulbenkian de Ciência que realizou testes serológicos também em dois hospitais.
Paralelamente, um estudo da Agência de Saúde Pública da Suécia divulgado na quarta-feira indica que um em cada cinco habitantes de Estocolmo poderá ter desenvolvido anticorpos contra o novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19
O estudo mostra que 7,3% de uma amostra de pessoas selecionadas aleatoriamente na capital sueca – a região mais afetada do país – desenvolveu anticorpos, que foram confirmados pelos testes realizados na última semana de Abril.
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