Novo barco da Real Atunara foi feito no Algarve e já navega

Sul Informação acompanhou o bota-abaixo

 

É 100% algarvio, apesar de ter nome espanhol e de ter sido construído com vista para o país vizinho, nos estaleiros da Nautiber, na foz do Guadiana. O bota-abaixo do barco Don Paco, que vai dar apoio às duas armações de atum detidas pela empresa Real Atunara ao largo do Algarve, teve lugar ontem, dia 22, em Vila Real de Santo António.

O batismo do novo barco desta empresa decorreu numa cerimónia que contou com a presença de Ricardo Serrão Santos, ministro do Mar, e de José Apolinário, secretário de Estado das Pescas, que se deslocaram ao Algarve não só para assistir ao bota-abaixo da Don Paco, mas também para visitar uma das armações da empresa.
 



 
No final, entre risos e boa disposição, Miguel Socorro, um dos administradores da Real Atunara, explicou ao Sul Informação a importância deste investimento que a sua empresa fez.

«Nós sentimos a necessidade, dentro da nossa empresa, de mandar construir mais um barco de apoio à nossa estrutura de armação. Acreditamos piamente na capacidade do Algarve na captura de atum rabilho», disse.

É que, lembrou o empresário, a quota desta espécie, cuja captura foi muito limitada, no passado, «tem vindo a aumentar, ainda que não muito, no âmbito do programa de recuperação do atum rabilho, a nível mundial».

«Acreditamos que a quota vai continuar a crescer, daí termos construído mais esta embarcação, com boas condições de navegabilidade e para os homens trabalharem, mas também de conservação do atum capturado, para que o produto que apresentamos ao mercado tenha sempre a melhor qualidade», disse Miguel Socorro.

 

Veja aqui o vídeo  do momento em que Don Paco é lançado à água:

 

O investimento da Real Atunara nesta embarcação foi cerca de 800 mil euros. O Don Paco tem, de resto, «um irmão gémeo», o barco Rabilho, já detido pela empresa.

«Neste melhorámos a qualidade dos eletrónicos, para medição da temperatura das águas, para medição de fundos, etc»,

A empresa fez uma candidatura ao Programa Operacional Mar2020, na esperança de conseguir obter «uma comparticipação de 60%», mas ainda não obteve resposta. Isso não impediu a Real Atunara de realizar o investimento.
«Continuamos com vontade de crescer, na procura de melhores soluções para a nossa pesca e para o nosso mar», concluiu Miguel Socorro.

Esta embarcação vai reforçar a frota ao serviço das duas armações de atum que a empresa tem no Algarve, uma frente à Ilha Deserta e a outra frente à chamada Ilha da Fuzeta, denominada de “Barril”.

 

 

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