Esta noite há chuva de estrelas, mas dia 7 o céu noturno brilha com a Super Lua

Dia 23, o cometa Atlas passa “perto” da Terra…a 116 milhões de quilómetros

Tal como sucede todas as Primaveras, mais uma vez voltamos a passar perto do rasto do cometa Halley. Assim, pequenas poeiras e rochas libertadas por esse cometa voltarão a cair na nossa atmosfera, parecendo irradiar de uma parte do céu junto da estrela Eta da constelação do Aquário.

Embora seja visível durante boa parte de Maio, o máximo de atividade da chuva de estrelas Eta Aquáridas (o nome desta efeméride), tem lugar nesta noite de dia 5 para 6.

Este máximo de atividade estende-se ao longo de vários dias. No entanto, mesmo em condições ideais, não é possível observar mais do que algumas dezenas de meteoros por hora. Este número é dramaticamente reduzido nos centros urbanos, cada vez mais flagelados pela poluição luminosa.

 

Figura 1: Céu a leste ao final da madrugada de dia 6. Igualmente é visível o radiante da chuva de meteoros Eta Aquáridas, a posição de Marte no dia 15, da Lua nos dia 13 e 15 e do cometa ATLAS na madrugada de dia 23.

 

A Lua cheia terá lugar no dia 7. Por ocorrer um dia depois de ter atingido o perigeu, o ponto da sua órbita mais próximo da terra (a 360 mil quilómetros de nós) esta parecer-nos-á ligeiramente maior (cerca de um décimo) do que é habitual. Esta é o que chamamos de super Lua Cheia, sendo a última deste ano.

Ao final da madrugada de dia 12, veremos como a Lua se vai aproximando dos planetas Júpiter e Saturno. A partir desta altura do mês. o planeta Mercúrio será visível ao anoitecer.

No dia 14. tem lugar o quarto minguante. Nessa noite, o nosso satélite natural será visto ao lado do planeta Marte, na constelação do Aquário.

 

Figura 2: céu a poente ao início da noite de dia 15. Também é indicada a posição da Lua e dos planetas Mercúrio e Vénus na noite de dia 24.

 

A Lua cheia terá lugar no dia 22. Por esta altura do mês, os planetas Mercúrio e Vénus estarão tão próximos um do outro, que apenas distarão um grau (a largura do dedo mindinho visto com o braço esticado). Duas noites depois, a Lua ter-se-á aproximado a estes planetas.

Ao longo do ano, o cometa C/2019 Y4 (ATLAS), ou cometa Atlas, tem vindo a aproximar cada vez mais de nós. O nome deste cometa deve-se a que foi descoberto pelo projeto de procura de asteróides “Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System” (ou ATLAS).

De notar que, ao ficar cada vez mais perto do Sol, parte dos gelos deste cometa têm-se sublimado, o que está a levar à sua desintegração. Se não ficar completamente destruído antes disso, a maior aproximação deste cometa à Terra terá lugar no dia 23, passando a 116 milhões de quilómetros.

A observação deste cometa requer o uso de um telescópio ou então de binóculos com uma grande abertura.

A terminar este mês de eventos astronómicos, teremos o quarto crescente de dia 30.

Boas observações!

 

 

Autor: Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

 

 




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