Um grupo de «30 a 40 pessoas» saiu à rua na noite do passado sábado, 2 de Maio, ainda durante o Estado de Emergência, para celebrar a tradicional Festa da Pinha, em Estoi. A GNR foi chamada ao local e dispersou os populares, sem fazer qualquer detenção.
Fonte da GNR confirmou ao Sul Informação que a Guarda recebeu uma denúncia, perto das 21h00 do passado sábado, a alertar para esta situação.
A Festa da Pinha, a mais tradicional e característica da aldeia de Estoi e que costuma juntar centenas de pessoas, até foi cancelada, pela organização, devido à pandemia da Covid-19.
Ainda assim, contra o que é recomendando, houve quem quisesse sair à rua, fazendo uma fogueira junto à Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz e gritando “Vivas à Pinha”. Há vários vídeos e outras publicações nas redes sociais a atestar isso mesmo.
Ao chegar ao local, a GNR deu «uma ordem de dispersão, que as pessoas cumpriram», não tendo havido «nenhum incidente».
Mas, estando Portugal, na altura ainda em Estado de Emergência, com as aglomerações de pessoas a serem expressamente proibidas, por que razão não houve detenções?
A mesma fonte da GNR explicou que, «perante este cenário, é dada uma ordem de recolhimento ao domicílio. As pessoas acataram e, se não o tivessem feito, é que podiam ter ser sido identificadas e detidas».
A Festa da Pinha é uma festividade tradicional de Estoi, que começou por ser uma homenagem dos almocreves à Nossa Senhora do Pé da Cruz.
A 2 de Maio, grupos de romeiros, em carroças e tratores engalanados, saem de Estoi de manhã, após a bênção do pároco local, para se dirigir ao Pinhal do Ludo, onde fazem piqueniques, regressando ao final do dia a Estoi.
A Covid-19 obrigou ao cancelamento das festividades deste ano, mas houve quem não tivessem resistido.
Em anos anteriores, a Festa da Pinha, porque envolve também muita comida e, sobretudo, muita bebida, já tem sido palco de acidentes, como o que ocorreu em 2015, provocando 10 feridos, ou mesmo de desacatos entre os participantes.
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