Deputado do PCP participa em Tribuna Pública sobre Transportes Públicos em Faro

Pela defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações, incluindo o direito ao transporte público

A Tribuna Pública sobre Transportes Públicos, que terá lugar junto ao terminal da EVA-Transportes, em Faro, no dia 1 de Junho, às 18h00, vai contar com João Dias, deputado do PCP.

A situação criada pelas medidas de prevenção e combate à pandemia de Covid-19 levou «ao fecho de escolas, serviços públicos e a uma paragem generalizada da atividade económica na região e no país em geral», constata o PCP.

No setor dos transportes rodoviários, detido em exclusivo na região pelo grupo EVA-Transportes, a decisão foi a de aplicar o regime de layoff na empresa e reduzir em muito a oferta de carreiras rodoviárias.

Com as medidas de retoma da economia, com a abertura de serviços públicos e com o recomeço de aulas presenciais para os 11º e 12º anos, a procura dos transportes públicos também aumentou. «Só que as carreiras não estão a ser repostas como dantes, criando problemas à mobilidade dos trabalhadores, estudantes e populações, que querem utilizar o transporte público para as suas deslocações», salientam os comunistas em nota de imprensa.

A situação, sublinham, «não vai ficar resolvida com a abertura de algumas poucas carreiras para o início do mês de Junho», pelo que se exige que «a retoma da oferta fosse acelerada de modo a não prejudicar quem precisa de se deslocar».

Aliás, os problemas da mobilidade, seja no Algarve, seja no concelho de Faro, são considerados pela Concelhia farense do PCP, como «estruturais», reclamado «há muito uma aposta estratégica no investimento e alargamento da oferta pública de transportes».

«Para uma empresa que detém o monopólio dos transportes rodoviários no Algarve e que acumulou fabulosos lucros ao longo dos anos, é inaceitável que sejam os trabalhadores, com os cortes nos salários, com o alargamento do desemprego, a suportarem a crise. Assim como também não é aceitável que seja as autarquias a ter de dar resposta ao transporte escolar nesta fase», defendem os comunistas.

Por isso, o PCP considera que «o governo não pode ficar a assistir a toda esta situação que se passa na região e também por
todo o país, como está a ser denunciado pelos sindicatos representativos dos trabalhadores do sector, e ficar sem intervir».

«É preciso aumentar a oferta de transportes públicos e salvaguardar direitos e salários de quem trabalha», concluem.

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