Creche da Misericórdia de Albufeira recebe apenas 8 crianças, mas tem tudo a postos para reabrir dia 18

Centro Infantil da Quinta dos Pardais foi visitado pela ministra da Solidariedade e Segurança Social

A visita da ministra e comitiva à creche – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

Apenas 8 das 147 crianças que frequentam as duas creches da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira irão regressar na próxima segunda-feira, dia 18. Mas tudo está preparado, com rigor e segurança, para acolher estes meninos e meninas.

O Centro Infantil Quinta dos Pardais, em Albufeira, propriedade da Santa Casa da Misericórdia local, foi esta quarta-feira visitado por Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, acompanhada por uma comitiva que incluía os diretores dos Centros Regionais de Segurança Social do Algarve e do Alentejo, o presidente da Câmara de Albufeira e duas vereadoras, o secretário de Estado que desempenha as funções de coordenador da aplicação do estado de calamidade no Algarve, autarcas, deputados e outros responsáveis.

Um dos momentos desta visita oficial foi a assinatura de uma adenda ao protocolo entre aquele Ministério e o Algarve Biomedical Center (ABC), que inicialmente apenas previa o rastreio nos lares de idosos, mas que agora engloba os testes de despistagem da Covid-19 nas creches do Algarve, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral.

Um dos locais onde os funcionários da creche já foram testados é, precisamente, a Quinta dos Pardais, em Albufeira. A par da reorganização de serviços, espaços, esquemas de circulação externa e interna, este foi mais um passo fundamental para a sua reabertura, na próxima segunda-feira.

A ministra Ana Mendes Godinho explicou que o grande objetivo dos testes «é isolar os casos positivos que existam, para que a reabertura das creches seja feita com o máximo de segurança e de cautela, e com a implementação das medidas de prevenção necessárias».

Conduzida por Patrícia Seromenho, provedora da Santa Casa da Misericórdia, e pela sua diretora técnica, a comitiva ficou a conhecer o que foi necessário fazer para que as crianças possam regressar, em segurança.

«Não eliminamos o risco totalmente, nem isso é possível, mas diminuímo-lo muito», garantiu a provedora, em conversa com a ministra Ana Mendes Godinho.

 

Patrícia Seromenho – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

Em entrevista ao Sul Informação, no final da visita, Patrícia Seromenho disse que a Santa Casa da Misericórdia de Albufeira tem duas creches, um na Guia e outra na própria cidade.

Para saber com o que poderiam contar, «auscultámos todos os pais e, do total de 147 crianças a quem damos resposta, só oito pais informaram que tinham necessidade e que estavam confiantes para vir no dia 18».

Como se tratava de «quatro crianças da Guia e outras quatro aqui de Albufeira, pedimos autorização e vamos abrir apenas aqui», no Centro Infantil da Quinta dos Pardais. «E não vamos abrir o espaço todo, apenas a creche. Assim poupamos recursos físicos , mas também a equipa», acrescentou a provedora.

Foi difícil fazer a adaptação? Patrícia Seromenho admitiu que sim: «é difícil em duas vertentes: primeiro obter a informação sobre quais eram os requisitos. A informação foi tardia e ainda hoje [dia 13] houve mais orientações. Estávamos já a trabalhar para as orientações iniciais e agora foram alteradas, tivemos de nos adaptar e já o fizemos».

Por outro lado, acrescentou, «é adaptar todo um plano a estruturas que são físicas, que têm as suas limitações. Esta nossa realidade, que mostrei à senhora ministra, deve ser replicada, mas não poderá ser replicada em todos os equipamentos. Inclusivamente, nós vamos ter dificuldade em adaptar a creche da Guia, porque a estrutura do edifício é diferente desta. Há constrangimentos de adequação dos normativos às realidades do território e de todas as estruturas», acrescentou.

Uma das adaptações feitas ao espaço físico, de acordo com as orientações técnicas recebidas da Direção-Geral de Saúde, foi, por exemplo, a redução da capacidade de cada sala. «Eram salas para 14 crianças cada, agora estão preparadas para receber um máximo de sete», disse a provedora, durante a visita às instalações.

Sobre as alegadas dificuldades em adaptar as regras da DGS, a ministra Ana Mendes Godinho explicou que as orientações se destinam a «que a reabertura se faça de forma segura e tranquila, com uma grande mobilização de todos os intervenientes».

A provedora Patrícia Seromenho, por seu lado, fez ainda questão de salientar o estreito relacionamento quer com a Câmara de Albufeira, quer com o Centro Regional de Segurança Social do Algarve, cuja diretora, Margarida Flores, também acompanhou a visita. «A senhora diretora todas as semanas se reúne connosco. Pode parecer básico, mas tenho falado com provedores de outras regiões e lá isso não acontece. Aqui temos este relacionamento muito estreito, que tem dado excelentes resultados».

Acrescentou igualmente que estes últimos dias antes da reabertura estão a ser aproveitados para dar formação «transpondo tudo o que está na orientação técnica» à equipa de funcionários da creche, de modo a que, no dia 18, tudo esteja a postos para acolher as oito crianças, na Quinta dos Pardais, em Albufeira.

 

A ministra na visita à creche – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

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