Covid-19: Portugal contabiliza 450 mortes em lares, abaixo da média da Europa

Algarve contabiliza 3 mortes de utentes, todos do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime

A diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, indicou hoje que já se registaram 450 mortes em lares em Portugal devido à Covid-19, mas notou que a situação está controlada, com uma mortalidade “abaixo” de outros países europeus.

“Existe mortalidade nestas instituições, mas em Portugal, felizmente, os números em termos percentuais até se colocam abaixo do que tem sido reportado a nível da Europa”, afirmou a responsável, falando na conferência de imprensa diária relativa à evolução da pandemia no país.

Em concreto, “em Portugal e até à data, ocorreram nestes lares 450 óbitos, que obviamente lamentamos, distribuídos por 243 na região norte, 134 na região centro, 69 na região de Lisboa e Vale do Tejo, um no Alentejo e três no Algarve”, precisou Graças Freitas.

De acordo com a diretora-geral da Saúde, esta “é uma percentagem ainda elevada, mas está abaixo do que é reportado pelos outros países [europeus]”.

“Reflete, creio eu, o que tem sido o cuidado intensivo de todas as entidades envolvidas junto destes lares”, explicou Graças Freitas, falando numa “intervenção precoce” feita pelas autoridades, nomeadamente através de rastreios e da deteção e separação de casos positivos.

Também presente na conferência de imprensa, a ministra da Saúde, Marta Temido, notou que a situação em estruturas residenciais para idosos “está relativamente controlada, com um ou outro caso que merece maior atenção e maior preocupação”.

“Aquilo que neste momento temos é muito o resultado do programa de testes que foi aplicado [já que] a opção foi, claramente, tentar controlar os casos positivos em profissionais que trabalham nestas unidades, sabendo que são o principal foco de contágio”, justificou Marta Temido.

Já falando sobre a situação na rede nacional de cuidados continuados integrados, a ministra indicou que “só 23 unidades têm situações de casos”, de um total de 389, acrescentando tratar-se de 62 doentes, mas sem nenhum estar “internado em ambiente hospitalar”.

Outra “boa notícia”, segundo Marta Temido, é que “desde o dia 22 de abril que não há novos óbitos em unidades da rede”.

“Além dos testes de diagnóstico que foram realizados nas estruturas residenciais para idosos, também na rede nacional de cuidados continuados integrados estão a ser realizados testes aos profissionais […] e, neste momento, temos já 3.190 com testes feitos e, desses, 114 foram positivos”, precisou ainda a governante.

Questionada sobre a evolução dos preços de equipamentos de proteção individual, como máscaras ou viseiras, Marta Temido garantiu que o executivo está a fazer uma “avaliação atenta da evolução dos preços e a adotar medidas em função que é a evolução das circunstâncias”.

Segundo a responsável, deverá registar-se “a possibilidade cada vez mais evidente de encontrar artigos no mercado”, o que levará “a um equilíbrio tendencial entre a oferta e a procura, através de um preço compatível com aquilo que são as orientações para a utilização de determinados equipamentos de proteção individual”.

“Se assim não for, naturalmente terão de ser encontrados mecanismos que permitam garantir que as pessoas se protegem e encontram equipamentos de proteção individual a preços comportáveis”, adiantou.

 




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