Covid-19: Governo avalia incentivos financeiros para recuperar actos médicos cancelados

Entre 16 de Março e fim de Abril ficaram por realizar 51 mil cirurgias, 540 mil consultas hospitalares, 840 mil consultas de Medicina Geral e Familiar e 990 mil consultas de enfermagem

A ministra da Saúde disse hoje que está a estudar incentivos financeiros que permitam recuperar as consultas, exames de diagnóstico e cirurgias canceladas devido à pandemia, e defendeu alterações no funcionamento das Unidades de Saúde familiar.

“Temos estado a trabalhar num plano de identificação de toda a atividade suspensa e estamos a preparar um plano que permita o incentivo financeiro de recuperação da atividade”, afirmou Marta Temido na conferência de imprensa diária para fazer o ponto de situação da covid-19, realizada no Ministério da Saúde, em Lisboa.

Segundo os últimos dados disponíveis, entre 16 de Março e fim de Abril ficaram por realizar 51 mil cirurgias, 540 mil consultas hospitalares, 840 mil consultas de Medicina Geral e Familiar e 990 mil consultas de enfermagem.

A recuperação dos atos médicos cancelados é, nas palavras da ministra, “um dos focos de atividade” do Governo, que está a preparar “um conjunto de documentos orçamentais e iniciativas” para responder à atividade médica que sofreu perturbações devido à pandemia por covid-19.



Além da disponibilização de mais verbas para o Serviço Nacional de Saúde, Marta Temido também defendeu alterações no funcionamento na área da saúde geral e familiar, com recurso às novas tecnologias.

A ministra apontou como exemplo a alteração do método de trabalho que ocorreu na Unidade de Saúde Familiar de Ovar.

Naquela USF, que já retomou a atividade presencial, “o método de trabalho foi totalmente alterado”, passando-se a privilegiar o contacto telefónico ou eletrónico dos utentes, evitando-se deslocações desnecessárias ao local.

“Quando estes meios não são suficientes ou adequados os utentes podem deslocar-se à unidade de saúde, não correm riscos, ficam foram do equipamento até serem chamados e são cumpridos todos os requisitos de higiene e segurança”, acrescentou.

Segundo a ministra, as alterações de funcionamento implementadas na USF de Ovar “é o tipo de metodologia” que é preciso “garantir no SNS” para que possam ser recuperados alguns dos actos médicos cancelados ou adiados.

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