Charolas, Mãe Soberana e destila do medronho nomeadas para as “7 Maravilhas da Cultura Popular”

Painel de especialista elegerá agora sete patrimónios de cada região, num total de 140 finalistas regionais

As charolas de Bordeira (Faro), a Festa da Mãe Soberana (Loulé), a destila do medronho, e até a lenda da Zorra Berradeira, de Monchique estão entre os nomeados para as 7 Maravilhas da Cultura Popular, nas suas diversas categorias. No total, o Algarve soma 13 nomeações 

No total, nesta fase, a organização das 7 Maravilhas de Portugal recebeu 504 candidaturas que foram avaliadas pelo Conselho Científico, acabando por atribuir o selo de nomeado a 471 (13 delas no Algarve).

As categorias a concurso são: Artesanato, Lendas e Mitos, Festas e Feiras, Músicas e Danças, Rituais e Costumes, Procissões e Romarias e Artefactos.

O concelho de Monchique é o mais representado com cinco candidaturas selecionadas. São elas a destila do Medronho (rituais e costumes), a canção Maria Latoa (músicas e danças) ou, ainda, a lenda da Zorra Berradeira.

Na categoria artefactos, as cadeiras de tesouras, uma herança deixada em Monchique pelos romanos, também estão nomeadas, bem como os alforges (artesanato).

Passando para Loulé, o maior concelho algarvio tem três nomeados. Nas Procissões e Romarias, consta a secular Festa da Mãe Soberana. A Festa da Espiga, que tem, todos os anos, como um dos seus pontos altos o desfile etnográfico em Salir, está nomeada na categoria Festas e Feiras.

 

Foto: Rodrigo Damasceno | Sul Informação

 

Loulé é terra de caldeireiros (ofício que até está a ser reativado) e, por isso, é com naturalidade que a cataplana em cobre aparece como uma das nomeadas, na categoria de artesanato.

Quanto a Faro, concorre com a Festa da Pinha, uma das mais tradicionais e características da aldeia de Estoi (Festas e Feiras) e com as centenárias charolas de Bordeira (Músicas e Danças).

Em Lagos, os nomeados são a Festa da Aldeia da Senhora do Forte (Festas e Feiras) e a Lenda da Aldeia da Senhora do Forte (Lendas e Mitos).

Por último, em São Brás de Alportel, a Procissão de Aleluia – Tochas Floridas também está nomeada, tal como o Sul Informação já tinha noticiado. Esta popular festa acontece no Domingo de Páscoa, com a famosa ladaínha “Ressuscitou como disse. Aleluia, Aleluia, Aleluia”, repetida sem cessar.

Agora, escolhidos os nomeados, o painel de especialistas vai avaliar as candidaturas e os resultados serão conhecidos a 7 de Junho, com atraso de um mês, em virtude dos constrangimentos causados pela Covid-19.

Nessa fase, o painel de especialistas, composto por sete elementos de cada um dos 18 distritos e duas regiões autónomas, elegerá sete patrimónios de cada região, num total de 140 finalistas regionais, que participarão nas respetivas eliminatórias regionais.

A 7 de Junho serão igualmente divulgadas as próximas etapas do concurso, que estão neste momento condicionadas à evolução da pandemia.

«Acreditamos que Portugal e o Mundo vão ultrapassar esta crise e que no Verão será altura de fazer o país ressurgir, de puxar para cima as nossas características únicas, as nossas inesgotáveis maravilhas, a nossa cultura popular baseada em vivências e saberes únicos que têm feito de Portugal a nação que todos adoramos e que também os turistas estrangeiros se habituaram a desfrutar», diz Luís Segadães, presidente das 7 Maravilhas.

«A eleição das 7 Maravilhas da Cultura Popular é, por isso, uma grande oportunidade. Como profundos conhecedores e promotores de todos os patrimónios que constroem a nossa identidade nacional, fazemos votos para que existam condições para voltarmos ao contacto com o grande público, na defesa daquilo que é nosso, que nos diverte e que representa a nossa herança enquanto povo», conclui.

 

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