As charolas de Bordeira (Faro), a Festa da Mãe Soberana (Loulé), a destila do medronho, e até a lenda da Zorra Berradeira, de Monchique estão entre os nomeados para as 7 Maravilhas da Cultura Popular, nas suas diversas categorias. No total, o Algarve soma 13 nomeações
No total, nesta fase, a organização das 7 Maravilhas de Portugal recebeu 504 candidaturas que foram avaliadas pelo Conselho Científico, acabando por atribuir o selo de nomeado a 471 (13 delas no Algarve).
As categorias a concurso são: Artesanato, Lendas e Mitos, Festas e Feiras, Músicas e Danças, Rituais e Costumes, Procissões e Romarias e Artefactos.
O concelho de Monchique é o mais representado com cinco candidaturas selecionadas. São elas a destila do Medronho (rituais e costumes), a canção Maria Latoa (músicas e danças) ou, ainda, a lenda da Zorra Berradeira.
Na categoria artefactos, as cadeiras de tesouras, uma herança deixada em Monchique pelos romanos, também estão nomeadas, bem como os alforges (artesanato).
Passando para Loulé, o maior concelho algarvio tem três nomeados. Nas Procissões e Romarias, consta a secular Festa da Mãe Soberana. A Festa da Espiga, que tem, todos os anos, como um dos seus pontos altos o desfile etnográfico em Salir, está nomeada na categoria Festas e Feiras.

Loulé é terra de caldeireiros (ofício que até está a ser reativado) e, por isso, é com naturalidade que a cataplana em cobre aparece como uma das nomeadas, na categoria de artesanato.
Quanto a Faro, concorre com a Festa da Pinha, uma das mais tradicionais e características da aldeia de Estoi (Festas e Feiras) e com as centenárias charolas de Bordeira (Músicas e Danças).
Em Lagos, os nomeados são a Festa da Aldeia da Senhora do Forte (Festas e Feiras) e a Lenda da Aldeia da Senhora do Forte (Lendas e Mitos).
Por último, em São Brás de Alportel, a Procissão de Aleluia – Tochas Floridas também está nomeada, tal como o Sul Informação já tinha noticiado. Esta popular festa acontece no Domingo de Páscoa, com a famosa ladaínha “Ressuscitou como disse. Aleluia, Aleluia, Aleluia”, repetida sem cessar.
Agora, escolhidos os nomeados, o painel de especialistas vai avaliar as candidaturas e os resultados serão conhecidos a 7 de Junho, com atraso de um mês, em virtude dos constrangimentos causados pela Covid-19.
Nessa fase, o painel de especialistas, composto por sete elementos de cada um dos 18 distritos e duas regiões autónomas, elegerá sete patrimónios de cada região, num total de 140 finalistas regionais, que participarão nas respetivas eliminatórias regionais.
A 7 de Junho serão igualmente divulgadas as próximas etapas do concurso, que estão neste momento condicionadas à evolução da pandemia.
«Acreditamos que Portugal e o Mundo vão ultrapassar esta crise e que no Verão será altura de fazer o país ressurgir, de puxar para cima as nossas características únicas, as nossas inesgotáveis maravilhas, a nossa cultura popular baseada em vivências e saberes únicos que têm feito de Portugal a nação que todos adoramos e que também os turistas estrangeiros se habituaram a desfrutar», diz Luís Segadães, presidente das 7 Maravilhas.
«A eleição das 7 Maravilhas da Cultura Popular é, por isso, uma grande oportunidade. Como profundos conhecedores e promotores de todos os patrimónios que constroem a nossa identidade nacional, fazemos votos para que existam condições para voltarmos ao contacto com o grande público, na defesa daquilo que é nosso, que nos diverte e que representa a nossa herança enquanto povo», conclui.
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