Linha Loulé Solidário já recebeu quase mil pedidos de apoio

40% dos utentes da linha e do refeitório perderam o emprego

A Linha Loulé Solidário, que entrou em funcionamento há um mês, já recebeu perto de mil pedidos de ajuda. Esta linha de apoio social e psicológico, disponível através do número 800 289 600, é gratuita e funciona todos os dias das 9h00 às 20h00.

A linha, que é gerida pelo serviço de Ação Social da Câmara de Loulé, em colaboração com outras entidades, «tem sido cada vez mais procurada por pessoas que necessitam de apoio em diversas situações resultantes do estado de emergência de saúde pública vivido atualmente no nosso país devido à Covid-19», revela o Município de Loulé.

Desde dia 24 de Março, uma uma equipa técnica da autarquia presta apoio, atendimento e acompanhamento social e psicológico e responde a situações de emergência alimentar através desta linha telefónica.

Em 30 dias de existência, foram atendidos 950 pedidos de apoio direto de diversos tipos, sendo que o mais frequente, 43% do total de chamadas, prende-se com ajuda alimentar.

Este é «um tipo de ajuda que tem sido prestado desde o início do período de confinamento social, através dos serviços camarários, da proteção civil, da GNR e das IPSS do concelho», explica a autarquia.

As refeições são essencialmente servidas no refeitório municipal aberto na Escola São Pedro do Mar, em Quarteira, para fazer face a situações de carência alimentar.

Até esta sexta-feira tinham sido servidas 4405 refeições nesse espaço e 785 foram levadas até quem não pode sair da sua residência, num total de 5190 refeições. «O apoio na aquisição de medicamentos também tem sido um serviço muito solicitado por parte de quem não pode sair de casa», acrescenta a Câmara de Loulé.

O município realça o papel das juntas de freguesia neste processo, que «têm realizado um trabalho fundamental no terreno, no que concerne à distribuição de bens de primeira necessidade».

Ao longo das últimas quatro semanas também foram registados pedidos de apoio domiciliário, psicológico e de informação sobre a Covid-19.

Segundo dados do Município, 40% dos utentes da linha e do refeitório são pessoas que se viram em situação de desemprego devido ao estado de emergência, 20% são desempregados de longa duração, 26% são reformados e 14% são pessoas no ativo.

No entender do executivo, «a Linha de Apoio Loulé Solidário tem dado resposta às necessidades das pessoas que se encontram em situação mais vulnerável e irá continuar a estar ao dispor da população, como forma de aliviar o impacto social desta terrível pandemia no concelho de Loulé».

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