Faro convidou cidades, que convidaram artistas, a mostrar a “Europa em Casa”

14 cidades de toda a Europa aderiram à iniciativa da capital do Algarve

Foto: Vasco Célio | Europe at Home

Faro convidou 13 cidades, de outros tantos países europeus, que, por sua vez, convidaram fotógrafos e autores, para mostrar “A Europa em Casa”, durante a pandemia de Covid-19. O projeto foi lançado esta quinta-feira e os primeiros resultados podem ser vistos aqui.

No caso da capital algarvia, Vasco Célio foi o fotógrafo convidado e Sandro William Junqueira o escritor. A lente de Vasco Célio captou imagens de cinco famílias, fechadas em casa. Sandro William Junqueira escreveu sobre o seu ofício em «tempo de peste».

Outros fotógrafos, convidados por outras cidades, captaram outros momentos e outras situações. Gabija Vainiutė​ que, segundo Bruno Inácio, coordenador da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura 2027, «inspirou este projeto», fotografou famílias atrás de uma janela, na cidade de Kaunas, na Lituânia.

 

Foto: Gabija Vainiutė | Europe at Home

Como a artista revelou hoje, em conferência de imprensa que decorreu na plataforma Zoom, quando se iniciou o confinamento, «comecei a tirar fotografias pela janela».

Depois, transformou este “instinto” fotográfico num projeto maior, que a levou a sair de casa e a fotografar várias famílias atrás do vidro.

Olhando para aquele que é, para já, o resultado final apresentado pelas 14 cidades que fazem parte do projeto, coordenado pela cidade de Faro, «a conclusão a que chegamos é que há mais semelhanças do que diferenças», entre os vários países, considera Gabija Vainiutė​.

No grupo dos “autores”, não há apenas escritores, mas também jornalistas, ativistas, performers, críticos, ensaístas, professores, antropólogos, tradutores, editores, músicos ou poetas.

Uma das ideias do projeto passa por «refletir sobre este momento que estamos a viver, criando uma memória baseada numa visão artística», explica a equipa coordenadora da iniciativa.

No total, há trabalhos de 28 artistas nesta exposição online, disponível em europeathome.eu. Neste portal, os internautas podem ver as fotografias, ler os textos (na língua materna do autor e em inglês), obter informação sobre as cidades envolvidas e consultar as biografias dos fotógrafos e escritores.

A navegação pode ser feita através de um mapa, ou dos menus, por cidade, fotógrafo ou autor.

 

Conferência de imprensa de apresentação do projeto

Apesar de muitas das cidades que começaram este projeto estarem envolvidas em candidaturas para serem Capital Europeia da Cultura, a iniciativa pretende chegar a «qualquer cidade europeia ou artista», explica Bruno Inácio.

Bodø (Noruega), Chemnitz (Alemanha), Esch-sur-Alzette (Luxemburgo), Faro (Portugal), Kaunas (Lituânia), Leeuwarden (Países Baixos), Novi Sad (Sérvia), Oulu (Finlândia), Piran (Eslovénia), Plovdiv (Bulgária), San Sebastian (País Basco/Espanha), Tartu (Estónia), Valletta (Malta) e Veszprèm (Hungria) são as cidades que, para já, estão envolvidas no projeto, mas «qualquer cidade que aceite a ideia do projeto, pode aderir, convidando o escritor e o fotógrafo que pretende. Basta entrar em contacto connosco através do site», acrescenta.

O objetivo é que o mapa da Europa, que agora tem 14 marcadores, tenha muitos mais daqui a umas semanas. Há quatro cidades que estão a terminar os seus trabalhos artísticos para aderirem também à plataforma e há mais dez que já revelaram interesse no projeto.

Apesar do conceito, centrado nas cidades e nos artistas por elas convidados, todos os europeus podem também fazer parte da iniciativa, partilhando a sua experiência e imagens, nas redes sociais, utilizando a hashtag #europeathome. Uma compilação destas imagens pode também ser vista na homepage do projeto.

Para o coordenador da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura 2027, o «”Europe at Home” [Europa em Casa] é um projeto muito interessante no nosso percurso da candidatura, numa altura em que estamos a traçar o nosso caminho para este objetivo exigente. Nós estamos determinados e entusiasmados para cumprir a tarefa de nos conhecermos melhor, conhecer melhor a nossa região, celebrar a nossa diversidade, e partilhar a nossa riqueza cultural com o resto da Europa».

 

 

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