DGS pede «muita disciplina» com máscaras para não se levar mãos à cara

«Temos de aprender como fazer porque não temos tradição de usar»

A diretora-geral de Saúde pediu hoje «muita disciplina de não levar as mãos à cara» quando se usa máscara.

Graça Freitas explicou que as máscaras sociais devem ser certificadas, pois disso depende a capacidade de filtrar o vírus da Covid-19.

«Deixo aqui um grande apelo: se, e quando usarem uma máscara, as pessoas devem ter muita disciplina para não levar as mãos à cara. A tendência natural de mexer na máscara acaba por lhe tirar a eficácia, porque o vírus passa para as mãos e das mãos para as superfícies», alertou Graça Freitas na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A responsável pediu ainda que, no caso das designadas máscaras sociais ou comunitárias, feitas em tecido, sejam usadas as certificadas, prova de que foram fabricadas «de acordo com boas práticas» e que usam material com capacidade de «filtrar partículas».

«É importante que pessoas usem estas. O objetivo da máscara é não deixar sair partículas do vírus para o exterior», vincou.

Graça Freitas observou também que, tal como em relação a outros têxteis, devem ser observadas as indicações do fabricante.




Neste caso, notou, é preciso perceber se a máscara é de «uso único» ou «reutilizável» e, neste caso, em que circunstâncias.

«Isso tem de ser seguido rigorosamente», alertou. A responsável pediu ainda disciplina para «colocar bem e ajustar bem» a máscara à cara. Desta forma, contribui-se para evitar «a tentação natural de levar a mão à cara» para mexer na máscara.

«Temos de aprender como fazer porque não temos tradição de usar», referiu.

Quanto à recomendação para uso das designadas máscaras comunitárias, Graça Freitas esclareceu que Portugal esperou pela indicação do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças [ECDC].

«Aguardámos a recomendação com toda a tranquilidade, até porque já estávamos em confinamento. Seguimos regras do ECDC, que apontou para o aparecimento de uma nova classe de máscaras», disse Graça Freitas.

Antes, acrescentou, apenas existia a indicação de «dois tipos de proteção» – as máscaras cirúrgicas e as de proteção filtrante.

«Depois é que saíram as indicações das máscaras ditas sociais, comunitárias ou de terceiro nível», justificou.

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