Covid-19: DGS diz que clínicas de hemodiálise têm que criar circuitos e equipas distintas

Doentes que necessitam de diálise «têm de continuar a fazê-la»

Foto de Arquivo

A diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, sublinhou hoje que as clínicas de hemodiálise têm de criar circuitos e equipas distintas para doentes covid-19 e doentes não covid, acrescentando que os casos graves “estão internados ou são acompanhados em hospital”.

“Obviamente os doentes em diálise são doentes graves para ter uma doença de risco por cCvid-19. Nestas circunstâncias, aqueles cuja sua sintomatologia e patologia de base o justifique vão obviamente para os hospitais. No entanto, as clínicas têm indicações e procedimentos bem definidos”, disse Graça Freitas.

Na conferência de imprensa diária para fazer o balanço da pandemia de Covid-19 no país, a diretora-geral da Saúde, que respondia a uma pergunta da RTP sobre um caso de uma clínica de hemodiálise que registou casos Covid-19 e se mantém aberta, frisou que as clínicas têm de criar circuitos próprios.

“Um circuito para doentes Covid-19 e um para não Covid. E estes dois circuitos devem ser, não só separados fisicamente, como também com equipas distintas”, disse Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde não comentou nenhum caso concreto de alguma clínica concreta, mas considerou: “Pelo relato [feito pelo jornalista] essa clínica provavelmente estará a observar as boas práticas”.

Graça Freitas frisou que os doentes que necessitam de diálise “têm de continuar a fazê-la”, acrescentando que “os casos graves ou estão internados nos hospitais ou são acompanhados em hospital”.

Também na habitual conferência de balanço, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse que, no que diz respeito a mortes nos cuidados intensivos “a informação é que nas últimas 24 horas não houve nenhuma”.

No entanto, o governante notou que aguarda uma resposta sobre um óbito no Hospital de São João no Porto.

“Relativamente às mortes em cuidados intensivos é muito variável de dia para dia. E também de região para região. Sabemos que essa mortalidade acontece mais em idosos e com mais morbilidades, mas, é importante dizê-lo, isso não é sempre assim”, disse António Lacerda Sales.

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