Preços da habitação desaceleram pela primeira vez em três anos

O INE avisa que a informação deste destaque não reflete ainda a situação atual determinada pela pandemia Covid-19

O índice de preços da habitação (IPH) aumentou em média 9,6% em 2019, menos 0,7 pontos percentuais face a 2018. No último trimestre, o número aumentou 8,9%, menos 1,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior. De acordo com os dados hoje divulgados pelo INE, «pela primeira vez, nos últimos três anos, registou-se uma desaceleração dos preços».

Os preços das habitações existentes apresentaram um aumento médio anual superior ao observado nas habitações novas, 10,1% e 7,6%, respetivamente.

No ano de 2019 transacionaram-se 181.478 habitações, o que representa um aumento de 1,6% face a 2018.

Neste período, o valor das transações totalizou 25,6 mil milhões de euros, mais 6,3% comparativamente ao ano anterior.

Do valor total, 20,7 mil milhões corresponderam a vendas de habitações existentes e 4,9 mil milhões a habitações novas.

No conjunto do ano passado, a Área Metropolitana de Lisboa e a região Norte concentraram 63% do número total de transações.

«Pela primeira vez, desde 2013, registou-se uma redução do peso relativo conjunto destas duas regiões», refere o INE.

O Centro, com um total de 35024 transações e o Alentejo com 11.279 habitações vendidas, foram as duas regiões nacionais que mais cresceram em termos de quotas relativas regionais, 1,6 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente.

Nos últimos três meses do ano, o crescimento dos preços das habitações existentes fixou-se nos 9,8%, o dobro da taxa de variação observada nas habitações novas (4,9%).

Neste período, realizaram-se 49.232 transações, traduzindo-se numa taxa de variação homóloga de 6,1% e num aumento, face ao trimestre anterior, de 7,4%.

Em valor, as habitações transacionadas totalizaram 6,9 mil milhões de euros, mais 12,2% que no mesmo período de 2018.

O INE avisa que a informação deste destaque não reflete ainda a situação atual determinada pela pandemia Covid-19.

«É de esperar que as tendências aqui analisadas se alterem substancialmente. De qualquer modo, a informação hoje disponibilizada é útil para estabelecer uma referência para avaliar desenvolvimentos futuros», conclui.

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