António Sales, secretário de Estado da Saúde, acaba de anunciar em conferência de imprensa que já chegaram a Portugal 4,6 milhões de máscaras e equipamentos de proteção que «rapidamente» vão estar ao dispor dos profissionais de saúde.
O governante fez referência à necessidade de proteger «os mais vulneráveis», como idosos ou doentes crónicos.
«A nossa maior arma continua a ser o isolamento social. Este não é tempo de complacência, é de resiliência, resistência, de não nos deixarmos vencer pela ansiedade e pelo medo», disse.
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, falou em específico da questão dos lares, um dos principais focos da Covid-19 nos últimos dias. «Uma medida preventiva que terá de ser a sociedade a organizar, é, antes de aparecer um caso, haver forma de desdobrar a população do lar em duas instalações», defendeu.
Além disto, é importante que, «dentro do lar, haja contenção das equipas».
«Se for preciso dividir o lar em duas partes, onde ficam os infetados e outra onde ficam os que não estão infetados, é a instituição. Só irão para os hospitais situações em que não se encontre outra solução. Qualquer doente ligeiro a moderado não deve ser levado para um hospital», explicou.
Hoje soube-se que há 4500 médicos prontos a reforçar o Serviço Nacional de Saúde, facto que não passou ao lado desta conferência de imprensa.
É que este reforço, defendeu o secretário de Estado da Saúde, vai «permitir o equilíbrio entre a atividade e o período de descanso».
Quanto ao pico da doença, Graça Freitas disse que «tudo indica que nunca será antes do mês de Maio».
«Depende da subida da curva. Quer a dimensão, a altura do pico, quer o tempo que vamos levar a chegar lá. Como também devem já ter percebido, há uma tendência para termos retardado um bocadinho a velocidade com que a curva está a subir. À medida que nós retardamos a aceleração da curva, o pico vai diferindo no tempo», explicou.
A diretora-geral da Saúde considerou, ainda, que o aumento da mortalidade é algo «expectável», apesar de a taxa de letalidade se situar, neste momento, nos 1,8%.
A questão dos ventiladores tem estado na ordem do dia e António Sales aproveitou esta conferência de imprensa para anunciar que «na próxima semana» vão começar a chegar mais encomendas. Portugal tem, agora, um total de 1142 ventiladores.
Portugal já regista 4268 casos confirmados da Covid-19. O Algarve tem 99 e o Alentejo 30.
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