Ministra diz que pico da Covid-19 deverá acontecer «no final de Maio»

«Medidas de contenção que temos todos tomado estão a ser efetivas»

Marta Temido – foto de arquivo

Marta Temido, ministra da Saúde, estimou, este sábado, 28 de Março, que a «incidência máxima da infeção» com a Covid-19, em Portugal, deverá acontecer «no final de Maio».

Em conferência de imprensa, depois da divulgação dos dados de hoje, a governante disse que este adiamento do pico mostra «que as medidas de contenção que temos todos tomado, como ficar em casa a não ser, muitos de nós, para ir trabalhar, estão a ser efetivas».

Esta é, assim, uma boa notícia porque permitirá não sufocar tanto o Serviço Nacional de Saúde, uma vez que os casos deverão ser mais espaços no tempo.

«O número de doentes que iremos ter depende do comportamento de cada um de nós. Temos de viver esta Primavera e esta Páscoa de forma diferente. Não vamos poder estar juntos como prevíamos, mas isso é condição essencial para que voltemos a estar juntos», disse.

A estimativa de que o pico da doença será apenas em Maio já tinha sido avançada ontem, 27 de Março, por Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, ressalvando que se trata de uma previsão.

Voltando a Marta Temido, a ministra disse, na conferência de hoje, que é expectável que venhamos a ter, em Portugal, «um número elevado de casos de infeção de Covid-19».

Isto coloca uma «enorme pressão sobre o sistema de saúde e sobre todos nós. Temos de fazer o possível para enfrentar o melhor possível aquilo que nos espera», disse.

Marta Temido garantiu, todavia, que todo o SNS está «a responder e a melhorar a preparação». Disso são exemplos os reforços recentes de equipamentos de proteção civil.

No que diz respeito aos testes, a governante adiantou que a sua utilização está a ser alargada, referindo o facto de já terem chegado «60 mil testes», além das doações de «várias zaragatoas».

«Nós temos o reporte de que foram realizados cerca de 40 mil testes entre 1 de Março e 26 de Março», explicou Marta Temido.

«A regra de testar, testar, testar é, também, a nossa prioridade. Mas sabemos que essa regra tem, também da parte da OMS, uma recomendação sobre aquilo que devem ser as prioridades no caso de escassez de testes, e nós sempre procuramos segui-las», concluiu.

 

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