Governo quer lançar novas linhas de crédito de 7 mil milhões para as empresas

Ministro da Economia considera importante avançar, desde logo, com mais medidas de apoio ao setor do comércio e serviços

O Governo quer lançar novas linhas de crédito de apoio às empresas, no valor de 7 mil milhões de euros, para compensar os efeitos da pandemia de Covid-19, nomeadamente ao nível da tesouraria, e já pediu autorização a Bruxelas para as aprovar.

«Fizemos ontem uma notificação à Comissão Europeia para poder aprovar novas linhas de crédito de 7.000 milhões de euros que, depois, o Estado irá gerindo à medida das necessidades», afirmou Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, em entrevista à TSF.

Um dos setores em que será «mais importante avançar», a curto prazo, é o «do comércio e serviços, muito afetado pelo encerramento que foi determinado depois do decreto do estado de emergência».

O Sul Informação deu ontem conta da difícil situação vivida por algumas empresas algarvias, num relato na primeira pessoa feito por uma empresária do setor da restauração.

Por outro lado, o Governo diz que é preciso responder «a um conjunto de setores industriais e outros que, nesta altura, vão precisar de muita liquidez para pagar aos fornecedores, manterem as encomendas vivas e poderem manter alguma atividade».

Relativamente às comissões cobradas pela banca nas linhas de crédito lançadas, e questionado sobre se «faz sentido os bancos estarem a lucrar com emergência das empresas», Pedro Siza Vieira revelou que o executivo propôs à Comissão Europeia que a comissão de garantia «fosse zero», mas «a Comissão não deixou».

«Nós propusemos que as garantias que eram dadas pelo Estado a estas empresas fossem isentas de comissão, mas a Comissão Europeia entende que isso não deve ser assim e, no enquadramento que deu para todos os apoios de Estado nesta altura, disse que as comissões têm de ser cobradas e estabeleceu um valor mínimo», disse.

Ainda assim, revelou, o Governo decidiu que «as comissões não serão pagas, a não ser a [comissão] final», e entretanto irá tentar «ainda melhorar as coisas».

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