NERA: Empresas têm de «agir, limitar prejuízos e preparar o futuro» pós Covid-19

Empresários «têm de ser capazes de enfrentar o quadro económico que aí vem»

«É preciso agir, limitar prejuízos e preparar o futuro», defende o NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, numa tomada de posição em relação à epidemia da Covid-19 e as suas consequências para a economia.

Para a associação empresarial, os empresários do Algarve têm «de preparar, desde já, uma estratégia de intervenção capaz de responder ao impacto da crise imediata e de médio prazo, na economia» da região.

«Os empresários do Algarve, como cidadãos responsáveis que são, consideram que a questão fundamental e prioritária é, sem dúvida, a saúde e a vida dos portugueses. Mas, ao mesmo tempo, pela sua responsabilidade social perante o país e a região, têm de ser capazes de enfrentar o quadro económico que aí vem», reforçou.

Para isso, poderão contar com a ajuda do NERA, nomeadamente na hora de aceder às medidas do Governo relativas à economia e às empresas, que a associação empresarial algarvia considera «globalmente positivas» e que «vêm ao encontro das primeiras preocupações das empresas».

As medidas em causa são «a linha de crédito (200 milhões para todo o país) para apoiar a tesouraria das empresas que tenham uma quebra abrupta de vendas e de receitas, o apoio partilhado entre segurança social e empresas, para manter contratos de trabalho (layoff) em situações com excesso momentâneo de mão de obra, por quebra de atividade e a linha de crédito de 60 milhões de euros para microempresas do turismo».

Além de ajudar os empresários a aceder as estes apoios, o NERA compromete-se a «atuar junto do governo para a concretização de outras propostas para as empresas da região» e a «colaborar com outras associações e entidades para estes objetivos».

Estas garantias chegam num momento em que a realidade do país se alterou «profundamente», devido à crise causada pela pandemia da Covid-19, cujo desfecho ninguém consegue adivinhar.

O que se sabe à partida é que o turismo internacional vai ser um dos setores mais atingidos pelas consequências da epidemia do novo coronavírus.

«É fácil perceber que uma diminuição das viagens internacionais, nomeadamente na Europa, o maior destino turístico do mundo (50%), terá consequências para Portugal e para o Algarve, pois é daí que provêm mais de 85% dos turistas estrangeiros que recebemos», resume a associação.

Por outro lado, o turismo, além de ser o motor da economia do Algarve, é «um dos principais setores da economia nacional (14,6% do PIB), como o maior setor exportador do país (19 mil milhões euros/2019)».

Por estas e por outras razões, «se imaginarmos uma acentuada quebra da chegada de turistas, podemos ter uma ideia das graves consequências no plano financeiro, para as empresas e a economia da Região», da pandemia que o mundo enfrenta.

«O enfraquecimento do turismo põe em causa dois níveis de realidades. Uma, é o impacto na economia não só do Algarve, mas do país. Outra, tem a ver com a sobrevivência das empresas e o emprego na região», acredita o NERA.

 

 

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