Covid-19: Costa avisa que pandemia durará até fim de Maio

O primeiro-ministro voltou a reiterar que «a democracia não será suspensa» com o Estado de Emergência

Foto: Arlindo Homem

O primeiro-ministro avisou hoje que a declaração do estado de emergência não terá um «efeito salvífico» e, se tudo correr pelo melhor, a pandemia da Covid-19 terá o pico em meados de Abril e poderá terminar no final de Maio.

António Costa encerrava o breve debate em plenário da Assembleia da República que antecedeu a aprovação da proposta de declaração do estado de emergência enviada pelo Presidente da República ao Parlamento.

Salientando a «inequívoca lealdade institucional» do Governo para com o chefe de Estado nesta matéria, o primeiro-ministro admitiu que este instrumento poderá permitir ao executivo «fazer mais e melhor, mas avisou que não há nenhum decreto de emergência que tenha um efeito salvífico de resolver a crise pandémica».

«A pior coisa que podemos fazer é quebrar o elo de confiança, solidariedade e credibilidade com os nosso cidadãos e esse laço quebra-se quando os cidadãos não sintam que estamos cá para fazer tudo o que é necessário, mas também quando entende que estamos a fazer promessas que depois se frustram», disse.

Nesse sentido, Costa defendeu que é necessário «dizer com franqueza aos portugueses» que, provavelmente, dentro de 15 dias, quanto for necessário renovar o estado de emergência, haverá «mais pessoas infetadas e mais falecimentos».

O primeiro-ministro voltou a reiterar que «a democracia não será suspensa» com a declaração do estado de emergência e que, mal entre em vigor, a Procuradoria Geral da República «deve funcionar em permanência para controlo da legalidade» e a Provedoria da República para «proteção dos direitos, liberdades e garantias».

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