Alunos da UAlg que estavam retidos em Itália já estão em Portugal

Estudantes estão em quarentena, longe das famílias

Foto de arquivo

«O pesadelo chegou ao fim». Os três alunos da Universidade do Algarve (UAlg), que estavam retidos há semanas em Monza (Itália), chegaram este domingo, 29 de Março, a Portugal, numa epopeia «que finalmente teve um final feliz». 

Mas, para abandonarem Itália, estes três estudantes de Imagem Médica e Radioterapia da UAlg andaram numa verdadeira roda-viva entre estações de comboio, aeroportos e viagens de carro.

Tudo começou «um ou dois dias depois de termos falado com o Sul Informação», conta Miguel Reis. «O senhor Carlos José, assistente do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, entrou em contacto connosco e disse-nos que poderia haver uma última solução».

A proposta foi apanhar um voo de Roma para Londres e, depois, da capital inglesa para Lisboa. Só que continuava a haver um problema.

«Tínhamos poucas hipóteses de chegar a Roma, uma vez que estávamos em Monza, perto de Milão. Pensámos em ir de táxi ou em apanhar um transfer, mas achámos que não era boa solução devido às rigorosas regras de circulação em Itália», explica Miguel Reis.

«Num outro contacto, mais uma vez com o senhor Carlos José, que foi incansável, descobrimos a possibilidade de apanhar um voo de Milão para Roma. E assim fizemos», acrescenta.

Assim, no passado sábado, dia 28, os três estudantes (Miguel Reis, Diogo Cordeiro e Maria Inês Laginha) apanharam esse primeiro voo de Milão para a capital de Itália.

Passaram a noite no aeroporto, «sempre com as maiores precauções de não tocar em nada», até à próxima ligação: ontem, 29 de Março, de Roma para Londres. «Tínhamos medo que fosse cancelado, mas conseguimos», diz Miguel.

Só faltava mais um pequeno passo que se concretizou ao final da noite de ontem. «Apanhámos o último voo de Londres para Lisboa. Passámos dois dias quase sem dormir, mas, no final, tudo valeu a pena».

À chegada a Lisboa, os alunos tinham, à sua espera, uma carrinha da Câmara de Lagoa, uma vez que um dos estudantes reside neste concelho, que os transportou até ao Algarve.

Quanto aos voos, foram pagos pelos três alunos que, agora, vão pedir ajudas de reembolso à Universidade do Algarve e à Agência Erasmus+.

Mas, por agora, o que mais interessa nesta história é que os alunos conseguiram mesmo chegar a Portugal. Uma vez de regresso estão a cumprir «uma quarentena de duas semanas» sem ver ninguém.

«Estamos isolados das nossas famílias. Eu até estou em casa, mas num sítio totalmente à parte. Os meus outros dois colegas alugaram mesmo uma casa», conta Miguel.

Olhando para trás, este jovem estudante de Imagem Médica e Radioterapia diz que o «pesadelo chegou ao fim».

«Posso dizer que estes dias foram como que um último sprint, de aeroporto para aeroporto, a dormir pouco… Felizmente, podemos dizer que houve um final feliz», conclui.

 

 

 

 

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