Trabalhadores de Vale de Lobo exigem aumento salarial recusado pela administração

Sindicato propôs um aumento de 90 euros por mês

Os trabalhadores de Vale de Lobo vão fazer um abaixo-assinado a exigir «o necessário e urgente aumento salarial», depois de a administração deste empreendimento turístico situado no concelho de Loulé ter anunciado que não procederá a qualquer aumento da remuneração, em 2020.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve, a administração de Vale de Lobo informou, numa reunião que manteve com sindicalistas, que «não tem previsto qualquer aumento geral de salários para 2020».

Isto apesar de alguns dos trabalhadores não verem o seu salário atualizado «há mais de 13 anos».

O Sindicato da Hotelaria do Algarve diz que, em 2019, «a administração disse que estava a “arrumar a casa” e que para 2020 já estariam em condições para falar de aumentos salariais».

No entanto, na reunião que manteve com os representantes dos trabalhadores, os administradores de Vale de Lobo não quis discutir a proposta do sindicato, que apontava para uma aumento de 90 euros mensais, e não apresentou «qualquer contraproposta».

Tendo isto em conta, «os trabalhadores decidiram, em plenário, avançar para um abaixo-assinado para reclamar o necessário e urgente aumento salarial, sob pena de continuarem a empobrecer, numa altura em que o turismo continua a bater recordes em todos os indicadores, com particular destaque para os proveitos, que continuam a registar um crescimento superior a todos os restantes indicadores».

«Além disso, o golfe e o imobiliário, outras duas áreas de negócio do empreendimento, também continuam a registar um desempenho positivo, não havendo qualquer justificação aceitável para que os salários dos trabalhadores continuem sem ser atualizados mais um ano», acrescenta o sindicato.

«O Sindicato da Hotelaria do Algarve chama a atenção para as crescentes desigualdades verificadas no setor, devido ao bloqueamento patronal da atualização dos salários, e exorta os trabalhadores a organizarem-se nos locais de trabalho para forçarem os patrões a melhorarem os salários e os direitos», conclui.

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