Loulé discute e pensa a Europa com humor e teatro

Este é um dos novos ciclos programáticos do Cineteatro Louletano

O ciclo programático “Implikação”, que vai debater a Europa, começa já esta terça-feira, 3 de Fevereiro, e terá uma conversa entre Jacinto Lucas, Pires, João Guerreiro e Eglantina Monteiro, um espetáculo de Hugo van der Ding e a estreia de uma peça de teatro.

A estreia deste ciclo está marcada para esta segunda-feira, 3 de Fevereiro, às 18h00, no Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé, com um debate sobre a Europa – primeiro tema escolhido – em que participam o encenador Jacinto Lucas Pires, o professor universitário João Guerreiro e a antropóloga Eglantina Monteiro.

Este debate abre uma semana em que haverá igualmente uma performance, intitulada “Isto só neste país”, na área do humor com o conhecido Hugo van der Ding.

Será na terça-feira, 4 de Fevereiro, às 21h30, também no Auditório do Solar. Já na sexta-feira, às 21h30, no Cineteatro, haverá a estreia, no Sul do país, da peça “Canto da Europa”, de Jacinto Lucas Pires – da qual o Cineteatro Louletano é coprodutor juntamente com a Ninguém, o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro Aveirense.

Sobre este ciclo, o Cineteatro Louletano explica que a «implicação da arte com a realidade contemporânea, numa visão aberta ao mundo, é-nos fundamental».

«São muitas as inquietações que atravessam os nossos dias, num tempo de incertezas, velocidade, mudança, individualismo, diluição de utopias e novas e velhas ortodoxias. Por isso, e privilegiando aqui a dimensão do pensamento, reflexão crítica e debate, um dos motes da nossa programação para esta nova temporada é um ciclo a que chamámos Implikação, que se estenderá até 2021 (quando comemoramos 10 anos sobre a reinauguração do Cineteatro)».

«Desfilarão por Loulé várias peças, sempre em estreia no Sul do país, das quais somos coprodutores, assinadas por encenadores reconhecidos mas também por figuras em afirmação crescente no panorama nacional. Se neste semestre os temas abordados são a Europa, as Fake News/Ética, o Turismo (problemática da gentrificação) e a burocracia no universo dos apoios à Cultura, seguir-se-ão posteriormente outros tópicos como as novas tecnologias, o papel do trabalho no quotidiano, o dinheiro, os refugiados, a igualdade de género, só para citar alguns exemplos», acrescenta.

«A par da apresentação das peças, está prevista, para cada temática, uma programação paralela que inclui debates com convidados especiais, visionamento de filmes, conversas com as equipas artísticas após os espetáculos, performances e oficinas para a comunidade escolar», conclui.

Jacinto Lucas Pires escreve romances, contos, peças de teatro, filmes, música. O seu último romance é “A gargalhada de Augusto Reis” (Porto Editora, 2018). Em 2018, foi também publicado “Igual ao mundo” — cinco peças de teatro (Húmus, 2018).

No teatro, Lucas Pires trabalha com diferentes grupos e encenadores. Realizou o filme “Triplo A”. Faz parte da banda Os Quais (que lançou o disco Geral em 2019) e da companhia Ninguém. Recebeu o Prémio Europa – David Mourão-Ferreira (Univ. Bari/IC, 2008) e o Grande Prémio de Literatura DST 2013 (com o romance O verdadeiro ator). Na Rádio Renascença, comenta temas da atualidade. Tem um espaço de crónica n’O Jogo chamado “Descalço na Catedral”. Escreve também no Ponto SJ e no seu blogue “O que eu gosto de bombas de gasolina”.

João Guerreiro é mestre em Ordenamento Rural e Ambiente e doutorado em Ciências Económicas. Além de antigo reitor da Universidade do Algarve e professor catedrático da mesma instituição de ensino superior, João Guerreiro foi presidente da Comissão de Coordenação da Região do Algarve e presidente do Programa Operacional do Algarve – PROA. Também presidiu à Comissão Técnica Independente sobre os incêndios de 2017, nomeado pela Assembleia da República, e foi presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES). Em 2018 foi distinguido com a “Medalha de Mérito Científico, Ciência 2018”, entregue pelo primeiro-ministro António Costa.

Eglantina Monteiro, antropóloga, entre 1984 e 2000 foi professora de Antropologia da Arte na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Viveu em França, Inglaterra, Senegal e Brasil, e atualmente vive em Castro Marim e dirige a Companhia das Culturas.

Para comprar bilhetes para estes espetáculos, clique aqui.

Comentários

pub