Os Caminhos de Santiago e de Fátima descritos na primeira pessoa: é o que oferece o livro “Nunca pares”. Emanuel Mendes, o autor, vai estar em Albufeira para falar dos caminhos que “formam um paralelismo com a vida”. Será no sábado, 22 de Fevereiro, às 16h00, na Biblioteca Municipal Lídia Jorge.
Nascido há 41 anos em Lisboa, Emanuel Mendes descobriu em 2015 os Caminhos de Santiago e a experiência nunca mais o deixou parar de explorar esta viagem. Inicialmente optou pelo Caminho Central Português, a partir de Lisboa, e posteriormente adotou outros trilhos. Desses caminhos fez narrativas na primeira pessoa, que agora reúne em livro sob a forma de diário.
Caminhar no espaço exterior e interior é o mote deste livro ao longo de diversos trajetos: Caminho Central Português, Lisboa-Fátima, Porto-Fátima, Caminho Português pela Costa, Caminho Francês, Aveiro-Fátima, Tomar-Fátima-Santiago de Compostela-Muxia-Fisterra.
Ao longo da narrativa, os diversos capítulos abordam a descrição de como surgiu a ideia de percorrer estes Caminhos, uma breve abordagem histórica, a simbologia associada ao Caminho de Santiago, o planeamento e “os ensinamentos aprendidos”.
Diz o autor que “os caminhos formam um paralelismo com a vida” e que “não devemos pensar nas saídas que irão surgir para a frente, nem nas que já ficaram para trás”, na medida em que “passamos demasiado tempo presos a recordar o passado e a planear o futuro”.
Emanuel Mendes trabalha como piloto de linha aérea, com a especialização em Boeing 767, tendo iniciado aos 18 anos a carreira militar, enquanto voluntário na Marinha na especialidade de Fuzileiros, onde fez o curso de formação de oficiais.
Participou na missão de apoio à paz na Bósnia Herzegovina, regressando após essa missão à Escola de Fuzileiros, onde permaneceu ligado à instrução até findar a sua carreira nas Forças Armadas, em Dezembro de 2003.
Em Janeiro de 2004, iniciou o curso de formação de agentes da Polícia Marítima, prestando serviço em diversos comandos a nível nacional.
Com muitas histórias para contar, “Nunca pares” é, segundo o autor, “um ensinamento para aproveitarmos o momento, sentir o sabor do que está a ser vivido agora”.
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