O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) garante que «não há doentes» oncológicos a aguardar pelo medicamento Ponatinib 45mg, usado para pessoas com leucemia mieloide crónica. A confirmação surge depois de ter vindo a público o caso de um homem, de 58 anos, que dizia estar sem tomar medicação há 26 dias.
O Correio da Manhã contava, esta quarta-feira, 5 de Fevereiro, a história de Fernando Sousa, um doente com cancro que alegava não tomar medicação desde 11 de Janeiro. Nessa notícia, o homem explicou como, na farmácia do Hospital de Portimão, lhe disseram que não tinham a medicação – «nem sabiam quando iria chegar».
Contactado pelo Sul Informação, o CHUA garantiu que «a medicação já vinha a ser entregue ao doente». O que aconteceu foi que, «devido a motivos clínicos e por indicação médica, a respetiva dosagem do fármaco teve que ser ajustada, o que deu origem a um novo procedimento de aquisição».
Fonte do hospital disse ao nosso jornal que o homem tinha uma prescrição anterior.
Quanto ao novo medicamento, ficou disponível ontem, 4 de Fevereiro, tendo sido levantado já hoje, no Hospital de Portimão.
Este é um fármaco «raro e de prescrição dirigida, vindo a ser utilizado num número muito restrito de doentes», explica o CHUA, na sua resposta ao nosso jornal.
O Correio da Manhã dizia que havia seis pessoas à espera da medicação, algo que o CHUA nega taxativamente.
O caso fez com que o PSD/Portimão enviasse, na manhã de hoje, um conjunto de perguntas ao Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, perguntando se havia mais doentes à espera deste medicamento. A resposta, que não tardou da parte de Ana Paula Gonçalves, presidente do Conselho de Administração, mereceu elogios da parte de Carlos Gouveia Martins.
Ao Sul Informação, o presidente do PSD portimonense realçou a «atitude de responder no própria dia».
«O caso foi restabelecido e houve uma resposta pronta e um esclarecimento clínico, o que é bom. O CHUA esteve cooperante», considerou Carlos Martins.
«É bom que as pessoas acreditem no Serviço Nacional de Saúde e nas pessoas que lá estão a fazer o melhor que sabem», acrescentou ainda.
Também a respeito deste caso, o CHUA garantiu ao nosso jornal que «não existe qualquer indisponibilidade financeira no que respeita à aquisição de medicamentos ou de qualquer outro material hospitalar».
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